Preços dos imóveis deverão subir ao longo de 2012, afirma presidente do Secovi

Os consumidores podem esperar aumento nos preços dos imóveis  na cidade de São Paulo ao longo desse ano, reflexo, entre outros motivos, do cenário positivo da economia brasileira.

A redução dos juros nas linhas de crédito imobiliário anunciada pela CEF (Caixa Econômica Federal) e o novo sistema de remuneração da poupança, que estimulará a queda na taxa básica de juros, também podem influenciar no aumento dos preços, mas o reflexo de tais medidas não é esperado para o curto prazo.

Mercado heterogêneo

Para o presidente do Secovi-SP  (Sindicato da Habitação de São Paulo), Claudio Bernades, os preços deverão crescer, em média, 4,5% este ano, embora deverá haver grande variação entre os diversos segmentos residenciais. “O mercado de imóveis é muito heterogêneo, estamos falando em uma média”, diz.

Bernardes explica que em determinados locais da cidade, o aumento pode ser muito mais expressivo, ao passo que poderá mostrar estabilidade em outras regiões.

Influências

O economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, explica que o crédito imobiliário deverá se manter em níveis elevados, refletindo o desemprego em níveis baixos e a expectativa positiva, para o segundo semestre deste ano, quanto à criação de empregos e quanto à massa salarial. “O Banco Central estima que a atividade econômica brasileira continuará em alta nos próximos meses”, diz Petrucci.

Falando especificamente do novo sistema de remuneração da poupança, que viabiliza a queda da taxa básica de juros, ainda não é possível perceber qualquer reflexo no mercado imobiliário, “é algo para o longo prazo”, avalia o presidente da entidade.

Na mesma linha, Petrucci diz que “ainda não sentimos o que a redução dos juros vai propiciar para o País”. A própria redução dos juros da CEF não trará efeitos imediatos, segundo avalia Bernardes. Os dois estiveram presentes na divulgação do balanço trimestral do mercado imobiliário de 2012, nesta terça-feira (8) na sede do Secovi-SP.

Bernardes ressalta ainda o 8º Feirão Caixa da Casa Própria. Com negociação de 30.925 imóveis, o evento deverá dar sinais de como a queda dos juros vão repercutir no mercado imobiliário.

(Viviam Klanfer Nunes | Info Money)

+ posts

Share this post