Rio terá 40 mil novas empresas até final do ano, aponta Jucerja

RIO – Até o final do ano serão abertas 40 mil empresas no Estado do Rio de Janeiro. A estima é da Junta Comercial do Rio de Janeiro (Jucerja). O presidente da entidade, Carlos De La Rocque, disse hoje que o número representará um acréscimo de 10% em relação ao total de empresas abertas em 2009.

De acordo com dados divulgados pela Jucerja, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedeis), até setembro o número de novas empresas abertas no Estado atingiu 30.692. “Ainda temos mais outubro, novembro e dezembro. Está dando cerca de 3 mil [empresas] por mês. A gente vai bater 40 mil”, disse De La Rocque. Em setembro, foram registradas 3.695 novas empresas, – um aumento de 8,7% em comparação ao mesmo mês do ano passado.

Os segmentos mais procurados para a abertura de empreendimentos são vestuário e acessórios; restaurantes, bares e similares; perfumaria e cosméticos; informática. De La Rocque afirmou que o aumento de empresas abertas decorre do próprio crescimento do estado. “Acho que o estado está crescendo como um todo. O astral do Rio de Janeiro está mudando. As perspectivas de negócio são interessantes. A nossa renda média cresceu mais do que a média nacional.”

A informatização da própria Jucerja também contribuiu para a ampliação de empresas abertas no estado, segundo De La Rocque. “O ambiente de negócios está melhorando muito. Está facilitando que as empresas tenham mais agilidade”. A implantação do Sistema de Registro Integrado (Regin), que permite a realização do processo via internet, tornou mais ágil o registro de novas empresas. O Regin já está disponível em algumas regiões e a ideia é que ele possa ser, em breve, ampliado para todo o Estado do Rio.

O maior problema, de acordo com o presidente da Jucerja, está nas prefeituras municipais e diz respeito à concessão dos alvarás, que são a autorização para funcionamento no local. “Estamos rompendo algumas barreiras e, provavelmente, até o meio do ano que vem a maioria das empresas vai poder estar se registrando em 48 horas”. Atualmente, em 72 horas os novos negócios conseguem se registrar na Jucerja e obter o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e a inscrição estadual.

O presidente da Jucerja observou também que em função da instalação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) nas comunidades carentes fluminenses, cresceu o número de negócios já existentes nessas localidades que estão buscando se formalizar. “As pessoas estão se regularizando”.

(Valor)

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