Suzano conclui venda de ativos florestais a fundos por R$ 333 milhões
A produtora de papel e celulose Suzano anunciou hoje que concluiu, por R$ 333 milhões, a venda de terras em Minas Gerais aos fundos de investimento especializados em ativos florestais Phaunos, do Reino Unido, e RMK, dos Estados Unidos.
O montante ficou acima dos R$ 311 milhões divulgados no anúncio do acordo, em dezembro, em razão de ajustes após os trabalhos de diligência realizados pelos adquirentes.
A venda envolve aproximadamente 50 mil hectares de terras próximas ao município mineiro de Turmalina, incluindo cerca de 13 mil hectares com plantios de eucaliptos.
Segundo André Dorf, diretor de relações com investidores da Suzano, os recursos reforçarão o caixa da empresa para os projetos de expansão, que incluem a construção de duas unidades de celulose – com capacidade de produção anual de 1,3 milhão de toneladas cada – no Maranhão e no Piauí.
Como anunciado em dezembro, os ativos florestais alienados não eram destinados à produção de celulose e papel, de forma que a venda não tem impacto tanto nas operações atuais como nos projetos futuros.
De acordo com o diretor, a Suzano não fechou com os fundos um contrato de fornecimento dos eucaliptos cultivados na região."As empresas (que compraram as terras) vão vender madeira na região", disse Dorf em teleconferência com jornalistas.
O pagamento foi efetuado à vista e terá efeito caixa no resultado do segundo trimestre, mas a companhia já discute com auditores a necessidade de reportar a venda como resultado não recorrente e sem efeito no caixa já no balanço dos três primeiros meses de 2010.
Questionado sobre a possibilidade de novas alienações, Dorf disse que a Suzano"constantemente"avalia sua base de ativos, mas que não há nada a se anunciar no momento.
A venda das áreas de Minas Gerais foi fechada com a Mata Mineira Investimentos Florestais (veículo de investimento da Phaunos) e a Fazenda Turmalina Holdings (da americana RMK). Dorf diz que os fundos apresentaram a melhor proposta entre as ofertas recebidas pela Suzano no processo de venda.
(Eduardo Laguna | Valor)
