Vende-se imóveis de R$ 4 bilhões

Prosperitas, que comprou boa parte dos imóveis do megainvestidor vai se desfazer de galpões e condomínios industriais, avaliados em R$ 4 bilhões.

A Prosperitas, uma das maiores gestoras de imóveis do país, colocou à venda todo o seu portfólio de galpões e condomínios industriais prontos e que estejam em fase de construção, instalados em várias regiões do Brasil. Os imóveis são alugados por grandes empresas, como Procter & Gamble, no Rio de Janeiro, e Ambev, no Pará.

Segundo apurou o Brasil Econômico, a empresa está em fase avançada de conversas com um fundo de investimentos chinês. O banco JP Morgan estaria à frente das negociações.

A transação deve movimentar algo próximo de R$ 4 bilhões, segundo pessoas do mercado imobiliário que conhecem o valor do portfólio.

Fazem parte da carteira todos os 30 imóveis adquiridos pela Prosperitas no começo do ano da Bracor, empresa do megainvestidor americano Samuel Zell em parceria com o empresário brasileiro Carlos Betancourt.

Nessa operação, a Prosperitas desembolsou R$ 2,2 bilhões. Além dos imóveis industriais, a Prosperitas é dona de shoppings centers e loteamentos.

Procurado para comentar o assunto, o executivo Luciano Lewandowski, sócio da Prosperitas, afirmou ao Brasil Econômico que "não existe nada de concreto". " A empresa está sempre tentando comprar ou vender imóveis. Basta ter uma boa oportunidade", disse.

Pessoas próximas da Prosperitas acreditam que a venda está associada à decisão dos três sócios fundadores – Lewandowski, Jorge Nunes e Max Lima – de se separar. Questionado, Lewandowski disse que eles continuam sócios na pessoa física em outros negócios, "só não vão captar juntos os recursos dos próximos fundos".

"Lima vai captar os próximos fundos sozinho e deve absorver todos os funcionários da Prosperitas conforme o fundo desinvestir", diz ele. Nunes deve se aposentar e Lewandowski faz segredo sobre seus próximos passos. "Continuaremos administrando juntos o atual portfólio".

Lewandowski, Nunes e Lima criaram a Prosperitas em 2006, no "spin off" dos ativos imobiliários do fundo GP.

(Denise Carvalho l Brasil Econômico)

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