Volume financeiro de IPOs chega a R$ 15 bi em 2013

Em quatro meses, os IPOs deste ano já superam os de todo o ano passado, que ficaram em R$ 11,813 bilhões

O volume financeiro de ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) em 2013 chega a R$ 15 bilhões em abril.
Esse número representa cerca de 25% do volume total registrado em 2007, ano do recorde histórico de operações desse tipo na bolsa brasileira, quando foram vendidos no mercado cerca de R$ 52,3 bilhões em ofertas.

Em quatro meses, os IPOs deste ano já superam os de todo o ano passado, que ficaram em R$ 11,813 bilhões.

A marca atingida em abril deste ano já é superior ao volume de IPOs registrado nos quatro primeiros meses de 2007, R$ 12,22 bilhões. Naquele ano, foram feitas, ao todo, 64 operações de abertura de capital. Em 2013, até abril, foram seis ofertas (Linx, Biosev, Smiles, Senior Solution, Alupar Investimentos e BB Seguridade).

Se a média de volume se mantiver, o mercado pode testemunhar uma quebra de recorde. O presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, mostrou otimismo no fim do ano passado, ao afirmar que a marca de 2007 poderia ser ultrapassada em 2013, com destaque para ofertas de empresas menores.

Até agora, uma parte da “previsão” do executivo tem se concretizado. Das aberturas de capital, apenas duas levantaram valores superiores a R$ 1 bilhão, Smiles e BB Seguridade (confira tabela abaixo). As demais são de empresas menores.

Ofertas com essas características têm sido alvo de atenção especial, tanto da Bovespa quanto da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Ambas discutem, atualmente, em um grupo de trabalho, maneiras de facilitar o acesso de pequenas e médias empresas à bolsa, em IPOs de até R$ 500 milhões.

Na segunda-feira, estreiam na Bovespa as ações das duas gigantes do ano, em se tratando de IPO: BB Seguridade (BBSE3) e da Smiles (SMLE3), ambos listados no Novo Mercado, nível máximo de governança corporativa da bolsa.

A BB Seguridade, braço de seguros, capitalização e previdência do Banco do Brasil, é, sozinha, responsável por R$ 11,47 bilhões do volume total. Já a Smiles, empresa de fidelização de clientes da Gol, levantou R$ 1,13 bilhão.

(Eduardo Tavares | Exame)

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