O mais recente relatório do IPCC lança luz sobre a necessidade de empresas e governos de todo o mundo aplicarem medidas que promovam a redução dos impactos causados pelas mudanças climáticas.
Para explicar como essas ações podem ser direcionadas, detalharemos a seguir o que é o IPCC e quais os itens mais significativos do último parecer divulgado pelo órgão. Além do mais, trataremos dos riscos que as corporações desenvolvem ao não dedicar as iniciativas recomendadas.
Você ainda vai conferir qual a importância de a sua organização contar com uma consultoria para avançar nessa direção. Saiba mais!
O que é o IPCC?
O IPCC é a sigla para Intergovernmental Panel on Climate Change, que pode ser traduzido como Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas. É um braço da Organização das Nações Unidas (ONU) criado em 1988 para elaborar estudos relativos às alterações climáticas.
Assim, o IPCC tem a função de fornecer avaliações científicas regulares aos governos, bem como apontar as implicações sobre os resultados e os riscos futuros, além de apresentar opções de mitigação.
Nesse sentido, o órgão divulgou um parecer no dia 9 de agosto, a menos de três meses da COP-26, uma importante cúpula do clima marcada para novembro, em Glasgow, na Escócia.
Primeira parte de um relatório final que será lançado em 2022, o documento indica que muitas das mudanças não têm precedentes em centenas de anos ou até mesmo em centenas de milhares de anos. Alguns dos efeitos, a exemplo do aumento contínuo do nível do mar, já são considerados irreversíveis.
Quais os principais pontos do relatório?
Entre os tópicos mais relevantes do diagnóstico divulgado pelo IPCC, podemos citar:
- a velocidade com que as mudanças climáticas estão ocorrendo, pois isso impacta diretamente na população, uma vez que não haverá tempo para se adaptar à nova realidade;
- com este cenário, as populações mais pobres e vulneráveis serão as mais atingidas pelos impactos;
- os últimos 5 anos foram os mais quentes catalogados desde 1850;
- a temperatura global deve aumentar 1,5ºC até 2040 e, se não forem reduzidas as emissões de gases nos próximos anos, isso pode ocorrer mais cedo;
- as mudanças climáticas podem causar chuvas mais intensas e inundações, bem como secas mais intensas em muitas regiões;
- as áreas costeiras devem registrar o aumento contínuo do nível do mar, o que contribui para inundações mais frequentes e severas, além de erosão;
- o Ártico continuará aquecendo mais de duas vezes mais rápido do que a média do planeta, o que deve aumentar o derretimento de gelo na região.
Quais são as possíveis soluções?
A avaliação do IPCC evidencia que diminuições consistentes e sustentadas nas emissões de dióxido de carbono (CO2) e de outros gases de efeito estufa podem limitar as mudanças climáticas.
Para isso, é fundamental tanto utilizar tecnologia limpa quanto reduzir, eliminar ou compensar as liberações de gases do efeito estufa. Essa captura e estocagem de carbono pode ser feita por meio do reflorestamento ou do manejo florestal.
Os estudos apontam que a redução do aquecimento global tem chances de minimizar a probabilidade de atingir os chamados pontos de inflexão, que são mudanças repentinas em reação ao aquecimento contínuo.
Nesse contexto, várias nações, incluindo o Brasil, já assinaram metas a respeito do assunto no Acordo climático de Paris em 2015. A resolução desde então direcionava esforços para manter o acréscimo das temperaturas globais abaixo de 1,5 °C.
Qual o risco para empresas que não se adaptarem ao ESG?
A preocupação em minimizar os impactos das mudanças climáticas é uma das principais questões da letra “E” da sigla ESG (Environmental, Social and Governance). Com isso, as empresas precisam colocar em prática, o quanto antes, ações como a redução da emissão de gases estufa, compensação via compra de créditos de carbono e o uso de energia limpa.
Em menos de 20 anos, os critérios ESG de medidas sustentáveis para as empresas se tornaram um movimento global estimado em mais de US$ 30 trilhões, de acordo com dados da Global Sustainable Investment Alliance.
Além das resoluções em prol do meio ambiente, a sigla ESG também está relacionada a medidas de impacto social e de governança nas corporações. Por isso, inclui ações básicas como criação de programas de diversidade nas equipes, respeito às leis trabalhistas, conselho fiscal transparente e políticas contra esquemas de corrupção.
Além disso, vale lembrar que as ações vão muito além das mais básicas. Parte do propósito do ESG é a diminuição das desigualdades sociais, ou seja, não se pode resolver as questões ambientais sem melhoria social e sem combate à corrupção. Ter transparência na empresa favorece a confiança dos stakeholders na lisura das condutas socioambientais que, por consequência, promove uma minimização dos riscos de ações contra a empresa. Ou seja, não há formas de pensar em ESG sem impacto econômico, seja positivo ou negativo.
É bom citar que, de acordo com analistas, sem investir em iniciativas ESG, as empresas perdem a chance de atrair investidores e clientes. De outro modo, ao adotar medidas nesse sentido, as organizações ganham a possibilidade de serem valorizadas no mercado, melhorar a imagem da marca e obter maior retorno de investimentos.
Como uma consultoria pode ajudar sua empresa a se adaptar ao mercado atual, com o ESG?
Em vista disso, é importante que as empresas façam avaliações constantes dos critérios ESG para identificar o que já está sendo feito internamente e o que ainda pode melhorar. Dessa maneira, também podem colaborar para mitigar as repercussões de alterações climáticas previstas no relatório do IPCC.
Nessa perspectiva, contar com um serviço de consultoria pode dar o diferencial competitivo que a sua companhia precisa, com o propósito de ganhar valor no mercado, se adequando à demanda de investidores e de consumidores.
A Apsis dispõe de uma equipe capacitada para orientar os seus clientes em relação à identificação, melhorias e acompanhamento das práticas de ESG. Quer saber como a sua empresa pode valer mais? Entre em contato conosco para tirar todas as suas dúvidas!