A COP26 está em seu sexto dia, e o primeiro grande acordo entre lideranças mundiais foi feito no dia 02/11. Mais de 100 líderes declararam seu comprometimento com o fim do desmatamento e a reversão do processo degradante até 2030. Esse é um passo importante na luta contra as mudanças climáticas, uma vez que o desmatamento representa 11% do total de emissões mundiais de CO2.
Entre os signatários, temos Brasil, China, Indonésia, República Democrática do Congo, Rússia, Canadá e Estados Unidos. Juntos, todos os países participantes representam mais de 85% de todas as florestas do mundo.
Doze países donatários comprometeram cerca de U$ 12 bilhões de verba pública para auxiliar na proteção e na restauração de florestas. Além disso, U$ 7,2 bilhões de investimentos privados serão destinados para populações nativas e tecnologias de agricultura sustentável.
Um ponto importante nesse acordo: 28 governos se comprometeram a retirar de sua participação no mercado internacional produtos relacionados com o desmatamento, como óleo de palma, cacau e soja, cujas indústrias são conhecidas por utilizarem o desmatamento para criar espaço em sua produção. Além disso, CEOs de instituições financeiras, como Aviva, Schroders e Axa, comprometeram-se a eliminar investimentos de atividades relacionadas com o desmatamento.
Tendo em mente esse acordo, e os demais pontos a serem tratados nesse evento, podemos esperar um foco internacional em investimentos relacionados com a sustentabilidade em territórios de floresta amazônica. Com oportunidades de geração de créditos de carbono mediante métodos certificados internacionalmente, áreas de reserva legal, historicamente vistas como custos por donos de propriedades, podem se tornar fonte de lucro.
A Apsis oferece consultoria para auxiliar as empresas a participarem do mercado de crédito de carbono e trabalha com um índice proprietário desenvolvido para fazer a trilha ESG de cada empresa, de acordo com o seu segmento.
Time Apsis – Pedro Magalhães