Aquisição de norte-americana foca crescimento da Cielo no Brasil

A compra da norte-americana Merchant e-Solutions, embora seja um passo adiante na internacionalização da Cielo (CIEL3), tem como objetivo apenas ampliar os serviços oferecidos pela brasileira no mercado doméstico. Segundo afirmou o presidente da companhia, Rômulo de Mello Dias, a aquisição não significa investimentos no mercado externo, pelo contrário. Ela apenas reforça as operações da Cielo no Brasil.

“Não temos intenção de aumentar nossa atuação lá fora, pois o foco continua sendo o mercado doméstico. Com a aquisição, queremos trazer o que há de melhor em plataforma tecnológica para o Brasil”, destacou Dias em teleconferência na tarde desta segunda-feira (2).

Segundo o executivo, a MeS não receberá aportes da Cielo. A norte-americana deve mater seu crescimento orgânico com o próprio caixa.

Nos últimos doze meses, a empresa apresentou expansão de 24% em sua receita, atingindo US$ 124 milhões em maio deste ano. A MeS processa US$ 14 bilhões em transações por ano e soma 70 mil varehistas associados, além de 250 instituições financeiras parceiras.

Sem mais compras
O presidente descartou, ainda, novas aquisições no curto prazo. “Levamos dois anos para analisar possíveis aquisições e chegamos à conclusão de que a Mes era a melhor compra. Estamos bem satisfeitos com essa operação, que nos permitirá trazer soluções novas para varejistas e financeiras no Brasil”, complementa.

Conforme expectativas do executivo, o mercado deve sentir, entre um e três anos, os resultados da sinergia entre as empresas. “Ofereceremos plataformas tecnológicas mais robustas para os nossos clientes, com o intuito de ampliar nossa carteira no país”, destaca.

Aquisição concluída até setembro
A provedora norte-americana de soluções para pagamento eletrônico foi fundada em 2000 e desenvolvida especificamente para o negócio de adquirência. “Esta plataforma, considerada ‘best in class’ na indústria de meios de pagamento, permitirá à Cielo atingir um novo patamar tecnológico, reforçando a estratégia de oferecer soluções e serviços inovadores aos seus clientes e parceiros no Brasil”, diz a brasileira.

A compra será concluída no terceiro trimestre, com recursos do caixa da Cielo e de recebíveis de instituições financeiras.

(Ana Carolina Cortez | Info Money)

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