Presente em 53 lojas de 40 países, 31 delas próprias, a marca Armani Casa, segmento de design e decoração do império de moda, fundado pelo estilista italiano Giorgio Armani, em 1974, acaba de desembarcar no Brasil. E o endereço não poderia ser outro: a concorrida Alameda Gabriel Monteiro da Silva, em São Paulo, ponto de encontro de nove entre dez marcas estreladas na cidade.
Com mais de uma década de existência, a Armani Casa foi criada para traduzir em móveis e interiores o estilo sofisticado e depurado da moda produzida pelo estilista nascido em Piacenza, na Itália, há quase 80 anos. Com dois lançamentos anuais, as suas coleções contam com móveis, assessórios para decoração, iluminação e tecidos exclusivos.
Com 174 m², dois andares e uma enorme vitrine, a loja em São Paulo foi projetada pelo arquiteto paulistano Diego Revollo. A ideia era deixar claro que se trata de um autêntico Armani. “Meu design de moda muitas vezes lembra a Armani Casa e vice-versa. E acho natural que seja assim”, relatou o estilista, nesta entrevista exclusiva, por e-mail, em que fala sobre as expectativas em relação ao mercado brasileiro.
O que caracterizam os móveis e acessórios da Armani Casa? Minha visão estética engloba tanto as minhas coleções de moda quanto as de design de interior. É por essa razão que meu design de moda muitas vezes lembra a Armani Casa e vice-versa. Acho natural que seja assim. Essa condição fica evidente, por exemplo, na escolha de tecidos e no uso de cores. Na minha reconhecida preferência por tons naturais e neutros. Uma escolha que, no caso das coleções da Armani Casa, manifesta-se de maneira ainda mais radical: se baseia na minha convicção de que um verdadeiro projeto de interiores deve ser elegante, funcional, confortável e atemporal.
Por que a decisão de abrir uma Armani Casa no Brasil, e, particularmente, por que na Alameda Gabriel Monteiro da Silva?
O Grupo Armani está presente em São Paulo já a alguns anos, operando com as butiques Giorgio Armani e Emporio Armani. A decisão de abrir uma loja Armani Casa se deve principalmente ao crescente interesse do público brasileiro por design de interiores. Uma tendência comprovada pelo grande afluxo de profissionais do setor nas edições mais recentes do Salão do Móvel de Milão. Outro fator relevante é o boom da construção que está ocorrendo nas maiores cidades do País. A decisão de abrir a Armani Casa na Gabriel Monteiro da Silva ocorreu de forma natural, uma vez que consideramos a área o distrito de design da cidade.
Quais são as expectativas para a marca no Brasil?
As expectativas são, naturalmente, muito elevadas. Nós cuidadosamente consideramos a escolha do nosso ‘partner’, bem como localização da loja. Isso, obviamente, após constatarmos no mercado um consistente crescimento da demanda por móveis e por artigos de decoração de luxo, setores que, acreditamos, têm ainda pequena presença no País.
As coleções apresentadas serão lançadas simultaneamente aqui e na Europa?
Sim. Assim como acontece com as coleções de moda, os lançamentos anuais da Armani Casa vão acontecer ao mesmo tempo no Brasil e na Europa.
Em se tratando especificamente do consumidor brasileiro, há algo feito especificamente para atender o seu gosto?
Tanto as coleções de moda quanto as da Armani Casa sempre foram caracterizadas por sua elegância sofisticada, nunca ligada a tendências passageiras ou localidades específicas. Meus projetos se expressam através de linhas limpas, materiais refinados e habilidade artesanal. Aspectos que acredito terem tudo para despertar no público brasileiro uma forte identificação e o desejo de consumo.
(Estadão)