Brooklin ganha “bairro planejado” com prédios, shopping e parque

A região do Brooklin, zona sul de São Paulo, terá um “bairro planejado” em um terreno de cerca de 80 mil metros quadrados.
 
O empreendimento, da Odebrecht Realizações Imobiliárias (OR), teve o projeto apresentado à imprensa hoje e o lançamento comercial da primeira fase –uma torre com 612 escritórios entre 30 m2 e 36 m2– realizado no último fim de semana. O metro quadrado foi vendido por R$ 14,2 mil.
 
Além desse edifício, cujas obras devem começar no início do ano que vem, com entrega prevista para 2015, existirão cinco torres de lajes corporativas de 1.300 m2 a 2.000 m2 (para abrigar escritórios de grandes empresas), um shopping, um hotel e dois prédios residenciais, além de um parque linear de 62 mil metros quadrados.
 
Toda a área –exceto a residencial– terá acesso livre da população todos os dias da semana, durante o dia ou à noite.
 
A previsão é que a última fase, a dos apartamentos, seja entregue em 2020.

De acordo com a empresa, deverão circular pelo empreendimento, depois de pronto, 65 mil pessoas por dia, sendo 25 mil uma população fixa, de moradores ou profissionais.
 
O projeto, batizado de Parque da Cidade, conta com soluções arquitetônicas para redução de consumo de energia elétrica e de produção de resíduos, e para melhorar o escoamento da água, dentre outras.
 
O valor geral de vendas estimado do empreendimento é R$ 4 bilhões.

“Queremos disseminar essa experiência e talvez sermos um indutor do mercado imobiliário para empreendimentos que prezem pela integração da cidade e a sustentabilidade”, disse Saulo Nunes, diretor de incorporações da OR.
 
Nunes afirmou que a solicitação da existência de um parque partiu da própria prefeitura. “Foi uma surpresa. Imaginávamos que as contrapartidas ficariam mais focadas no impacto do empreendimento sobre o trânsito.”
 
Ainda de acordo com Nunes, a empresa também se comprometeu com a administração municipal a realizar obras para facilitar o tráfego de veículos na região. No total, cerca de 5% dos custos de construção serão destinados a infraestrutura viária.
 
“Além disso, a Operação Água Espraiada da prefeitura já tem o dinheiro para aplicar em infraestrutura. Só em Cepac (Certificado de Potencial Adicional de Construção), investimos R$ 250 milhões, que são recursos que vão para esse fim”, disse Nunes.
 
Os Cepacs são valores mobiliários emitidos pela prefeitura. As construtoras compram esses títulos para poder construir empreendimentos além dos limites normais em áreas que terão a infraestrutura urbana ampliada.

(Carolina Matos | Folha de São Paulo)

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