O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira a joint venture entre Aché, Hypemarcas e União Química para a criação da Bionovis, a “superfarmacêutica” nacional. A decisão foi unânime, mas a Bionovis terá que assinar um Termo de Compromisso de Desempenho (TCD), acordo com algumas determinações firmado entre a empresa e o órgão antitruste.
Cada um dos quatro acionistas tem 25% de participação da nova empresa destinada à pesquisa, ao desenvolvimento, à produção, à distribuição e à comercialização de produtos biotecnológicos para uso em medicina humana.
O governo federal é um importante aliado na constituição da Bionovis porque enxerga a possibilidade de, por meio da empresa, reduzir o déficit da balança comercial da saúde.
Em entrevista ao Valor, em julho do ano passado, o presidente da nova superfarmacêutica, Odnir Finotti, disse que a empresa terá investimentos de R$ 500 milhões, sendo cerca de R$ 150 milhões destinados para a construção da fábrica e sua validação e o restante para pesquisa e desenvolvimento de medicamentos e estudos clínicos, etapa mais cara do processo de constituição da nova companhia.
De acordo com Finotti, a expectativa é de que a fábrica fique pronta este ano e o primeiro medicamento seja colocado no mercado entre 2015 e 2016. A estimativa do presidente da companhia é que a Bionovis tenha receita líquida de R$ 500 milhões no primeiro ano de operação.
(Valor)