CPFL olha aquisições e não descarta Grupo Rede

O vice-presidente financeiro e de relações com investidores da CPFL Energia, Lorival Luz, afirmou ontem que a companhia estuda novas aquisições no mercado e não descartou a possível compra do Grupo Rede ou de algumas empresas da corporação. "Dentro do nosso planejamento estratégico, a CPFL vai olhar as oportunidades, que podem ser Grupo Rede ou não", disse Luz, após apresentação em evento da Associação dos Analistas e Profissionais do Investimento do Mercados de Capitais (Apimec). Segundo o executivo, "faz parte do DNA" da CPFL olhar toda e qualquer oportunidade que esteja alinhada ao planejamento estratégico da empresa.
 
"Onde a gente pode ter melhores retornos ou capturas de sinergia?", questionou a si mesmo e respondeu em seguida: "Nas companhias que são mais próximas de onde a gente já está estabelecido, dentro da nossa área de concessão." No entanto, questionado por um investidor durante a palestra, o executivo respondeu que nenhuma aquisição seria anunciada agora.
 
Luz ressaltou que o Brasil tem, no total, 64 distribuidoras e 34% do market share está concentrado nas mãos de apenas três empresas. "Imaginamos que há espaço para consolidação", avaliou Luz. Para o executivo, o terceiro ciclo de revisão tarifária terá um papel importante nesta tarefa.
 
Após sua apresentação, Luz destacou que a companhia não será fortemente impactada pela decisão do governo sobre as concessões do setor elétrico que vencerão entre 2015 e 2017. O governo ainda não decidiu se as concessões serão renovadas ou prorrogadas. O executivo explicou que as concessões da companhia que se enquadram nesta definição representam uma fatia pequena de seus negócios.
 
As cinco "distribuidoras pequenas" do grupo terão seus contratos de concessão vencidos no período: Jaguari, Mococa, Leste Paulista, Sul Paulista e Santa Cruz. Segundo o executivo, estas distribuidoras representaram apenas 6% do lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) do setor de distribuição dentro da CPFL. Por sua vez, o segmento de distribuição representa 62% do Ebitda total do grupo, informou Luz.
 
Já na geração, Luz explicou que apenas 1% das concessões estão para vencer. "Temos 2.786 megawatts (MW) em geração, então 1% seria 7 MW ou 8 MW", disse o executivo.

(Marta Nogueira | Valor)
 

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