Expansão do CDB custa R$ 120 milhões

O CDB – Centro de Diagnósticos Brasil está investindo cerca de R$ 120 milhões para a ampliação da sua rede de laboratórios, que hoje conta com cinco unidades em São Paulo. A meta é investir essa quantia nos próximos dois anos para a construção de mais quatro novos laboratórios.

"É a maior expansão realizada de uma só vez pelo CDB, que foi criado em 1998 por dois médicos. Já estávamos programando esse investimento, por isso temos recursos próprios para a ampliação", disse, ao Valor, Roberto Kalil, diretor de marketing do CDB – Centro Diagnósticos Brasil.

O executivo também não descarta um crescimento por meio de aquisições de outros laboratórios. "Não estamos à venda. Ao contrário, se surgir uma empresa interessante, podemos, inclusive, comprar", afirmou, destacando que nos últimos doze meses promoveu uma profissionalização dos processos administrativos internos, como parte do plano de expansão.

Atualmente, a taxa de ocupação dos laboratórios do CDB é de 90%, com a realização de aproximadamente 100 mil exames de imagem, por mês. A empresa é conhecida no setor de saúde, justamente, por atuar nesse segmento de exames de imagem (como ultrassom e radiografia, por exemplo).

Normalmente, no mercado de laboratórios, os exames de imagem representam, em média, 30% do volume de exames, mas equivalem a 60% do faturamento. Por isso as empresas que atuam no setor de medicina diagnóstica, em geral as de grande porte, que estão fazendo aquisições, vêm investindo fortemente nesse segmento.

Na Dasa, maior empresa de diagnósticos do país, a receita bruta proveniente de serviços de radiologia e imagem somou, no primeiro trimestre, R$ 184,7 milhões, o que representa um crescimento de 9,2% em relação ao mesmo período do ano passado. A participação do segmento de exames de imagem na Dasa já é de 40% do faturamento total da companhia. Não à toa, a empresa está trazendo para São Paulo o laboratório carioca CDPI, conhecido pelos exames de imagem.

O Fleury também aposta nessa área. Em fevereiro, adquiriu o laboratório baiano Diagnoson por R$ 53,2 milhões, o que representa 7,4 vezes o ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização).

O mercado nacional de medicina diagnóstica movimenta aproximadamente R$ 12 bilhões por ano e conta com 8 mil empresas laboratoriais.

(Beth Koike | Valor)

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