Invepar quer mais debêntures de infraestrutura após 1a emissão

O Grupo Invepar se interessou em fazer novas emissões de debêntures de infraestrutura, após a emissão de sua controlada Concessionária Auto Raposo Tavares (Cart) no fim de dezembro, segundo o vice-presidente de Finanças da empresa, Marcos Rocha.

“Ficamos satisfeitos com essa operação da Cart e passamos a considerar debêntures de infraestrutura como uma alternativa interessante no cardápio de operações e financiamento de longo prazo para nossos projetos”, disse.

O executivo, porém, ressaltou que ainda não há uma nova emissão formalizada, e que no caso da Cart não haverá novas emissões.

“Em todas as nossas áreas de atuação (a emissão de debêntures de infraestrutura) é possível; em rodovias, mobilidade urbana, aeroportos e potencialmente, no futuro, portos”, disse Rocha, acrescentando que portos “é uma das áreas potenciais de atuação do grupo”, mas sem entrar em detalhes.

Rocha também afirmou que as debêntures de infraestrutura deverão ser feitos para projetos já iniciados e com menores riscos. “Para que seja atrativa para investidor, ela preferencialmente deve acontecer em projetos já performados. Pensando no longo prazo, faz mais sentido quando você tem um projeto que já mitigou alguns dos riscos”.

A Cart fez uma emissão de debêntures de 750 milhões de reais em duas séries. A primeira, de 380 milhões de reais, teve a isenção de impostos previstas na debêntures de infraestrutura. A segunda série, no valor de 370 milhões de reais, não contou com a isenção.

Segundo Rocha, os recursos da emissão serão usados para resgatar uma emissão anterior de debêntures da Cart e para complementar os financiamentos recebidos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a Rodovia Raposo Tavares, principalmente para sua duplicação.

As debêntures de infraestrutura oferecem isenção de imposto de renda a investidores estrangeiros e pessoas físicas no Brasil. O BNDES estima potencial de emissão de debêntures de infraestrutura de 40 bilhões a 50 bilhões de reais em 2013.

(Reuters)

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