Arezzo acelera expansão de sua marca popular

Anacapri, criada pelo grupo calçadista em 2010, deve ganhar novas lojas no próximo ano e crescer de carona no poder de consumo das emergentes.

A Arezzo é uma das marcas de calçados mais conhecidas das brasileiras, o que não significa que ela esteja presente em todos os pés.

As quatro marcas do grupo Arezzo & Co, especializado em sapatos, bolsas e acessórios femininos, comercializam sete milhões de pares de calçados por ano.

E a Anacapri, desenvolvida para calçar as consumidoras emergentes, é a que apresenta maior potencial de crescimento, tanto por ser a marca mais nova da companhia e também pelo preço. Em média, um par sai por R$ 90, enquanto calçados da marca Arezzo custam pelo menos o dobro.

Hoje, Anacapri tem seis lojas próprias, todas em São Paulo, e deve fechar 2011 com oito, e está presente em 180 endereços multimarcas espalhados pelo país.

No próximo ano, Anderson Birman, presidente do grupo Arezzo, dá a entender que a marca poderá ganhar um ousado plano de expansão.

"Esta marca ainda é um bebê, mas apresenta um potencial enorme de crescimento, até porque é acessível, democrática e prima pelo conforto", diz Birman.

Os modelos Anacapri são todos sem salto e se encaixam no conceito de "fast-fashion", de moda descartável. Nos próximos dias, chegam às lojas as coleções assinadas pelos badalados Isabela Capeto e Dudu Bertholini.

A estratégia é semelhante à adotada recentemente por gigantes do vestuário como C&A e Riachuelo, que chamaram estilistas conhecidos para desenhar coleções. As peças provocaram alvoroço entre as consumidoras e sumiram das prateleiras em pouco tempo.

Atualmente, a Anacapri ainda é irrelevante no faturamento do grupo, que contabilizou R$ 624 milhões de receita líquida de julho de 2010 a junho de 2011. O grupo não revelou a participação da Anacapri no resultado. Com os futuros passos que a empresa pretende dar para fortalecer a marca, a Anacapri tende a ganhar relevância no negócio.

A aceleração que a Arezzo & Co, dona das marcas Arezzo, Schutz, Anacapri e Alexandre Birman, fará com sua marca mais democrática tem a ver com o atual momento da empresa, que abriu capital neste ano. Birman evita fazer previsão para 2011, já que o grupo está em período de silêncio, mas garante que o resultado será bom.

(Françoise Terzian l Brasil Econômico)

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