Arteris pode participar de leilões de rodovias

A Arteris pode participar de leilões de alguns dos sete lotes de rodovias que o governo deve conceder à iniciativa privada, mas espera mais dados da licitação antes de decidir.

“Estamos estudando algumas rodovias que entendemos fazer sentido para a Arteris. Vai depender dos editais”, disse o diretor de Relações de Investidores da Arteris, Alessando Levy, em teleconferência com analistas nesta quarta-feira.

Antes, a empresa dissera que iria focar nos ativos que já detém, após a transferência do controle acionário da espanhola OHL para a também espanhola Abertis e o fundo canadense Brookfield, no fim de 2012.

A Arteris tem concessões de rodovias nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, incluindo as estradas Régis Bittencourt (BR-116), Fernão Dias (BR-381), e o trecho fluminense da BR-101.

O governo federal pretende licitar trechos da BR-262; BR-050; BR-060; BR-153; BR-101 (BA); BR-163 (MT) e BR-267. Somam-se a esses a BR-040 e a BR-116, cujo leilão marcado para janeiro foi adiado sem nova data para acontecer.

Questionado sobre a taxa interna de retorno (TIR) dos projetos, Levy afirmou que isso será definido nos leilões.

“A TIR quem vai definir é o próprio mercado. Se as condições do leilão são condições de riscos elevados, é provavel que investidor só aceite níveis mais altos”, disse.

Atualmente o governo estima taxa de retorno de 5,5 por cento para cada projeto.

Levy ressaltou que as exigências de obras nas rodovias e os prazos para sua execução tornam os projetos de alto risco. “Nós entendemos esse nivel de execução de alto risco.”

INVESTIMENTOS

No primeiro trimestre a Arteris investiu 266,4 milhões de reais. A previsão para o ano é de 1,3 bilhão de reais. Segundo Levy, o cenário para o setor nos próximos anos deve manter o nível de investimentos anuais em torno de 1 bilhão de reais.

“Não temos exatamente uma previsão exata. Mas nos próximos anos, a intensidade de investimentos é relevante. A gente pode dizer que não vamos trabalhar com investimentos anuais menores que 1 bilhão de reais”, disse.

(Roberta Vilas Boas | Reuters)

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