Com marca Alcatel, TCL almeja 10% do mercado

O projeto de montar uma fábrica de celulares no país é apenas uma das ações da chinesa TCL, dona da Alcatel One Touch, para reforçar sua presença no Brasil. A companhia ampliou seu escritório, começou a investir em ações de marketing e contratou um novo executivo-chefe – Marcus Daniel Machado, que até o começo deste ano era diretor de celulares da LG.

Pouco conhecida dos brasileiros, a empresa vendeu apenas 500 mil telefones móveis no país em 2010, mas tem planos ambiciosos: a projeção é alcançar 5 milhões de unidades neste ano, 10% do que movimenta o mercado brasileiro. Grande parte desse volume já foi encomendado à companhia, diz Machado.

A mudança de patamar tem algumas explicações. Uma é o fato de que a companhia acaba de fechar contrato com as principais operadoras de celular no mercado brasileiro. É um passo importante porque as teles ainda são o principal canal de distribuição de aparelhos no país. Anteriormente, o grupo chinês só vendia seus aparelhos diretamente no varejo.

A empresa também aumentou seu portfólio e, pela primeira vez, traçou um plano de marketing para divulgar os celulares Alcatel One Touch – na mídia, nos pontos de venda e nas redes sociais. "A marca Alcatel é familiar aos brasileiros porque era usada em telefones fixos. Podemos ganhar espaço com ela", diz Machado.

A chinesa TCL assumiu a área de telefones móveis da Alcatel em 2004. Na época, o grupo francês resolveu se desfazer desse negócio para se concentrar na produção de equipamentos para redes de telecomunicações (dois anos mais tarde, anunciaria a sua fusão com a americana Lucent).

A aposta da Alcatel One Touch é nos telefones móveis de baixa e média gama, com preços de R$ 99 a R$ 699 no varejo. Dos 15 modelos que a empresa vende no país, dez podem ser usados com o chip de duas operadoras. Essa modalidade de aparelhos tem ganhado espaço no mercado brasileiro porque permite aos usuários aproveitar as promoções das teles. (TM)

(Valor)

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