Como o mercado de Startups seduziu investidores?

O mercado de startups tem crescido e se consolidado no Brasil, atraindo a atenção de investidores que acompanham os movimentos desse segmento.

Para saber de que maneira esse tipo de negócio passou a ser interessante para investimentos, veja a seguir números do setor que explicam o fortalecimento desse ecossistema.

Ainda mencionamos cases de unicórnios que se destacam no cenário de startups e abordamos dados que podem sustentar a tendência de investimentos nesse ramo. Confira!

Mercado de startups: por que se tornou tendência para investidores

O mercado de startups é um dos principais focos da modalidade de investimento Venture Capital, direcionada para empresas com potencial de crescimento, mas ainda principiantes no mercado e com faturamento baixo.

As startups têm possibilidade de crescimento maiores porque contam com um modelo de negócios repetível e escalável. Isso implica na possibilidade de entregar o mesmo produto em uma escala ilimitada e ter capacidade de crescimento sem que altere o modelo de negócios.

Ademais, o investimento em uma startup varia em camadas: seed, séries A, B, C, e por aí adiante. Considerando o risco de qualquer investimento, os valores aplicados podem fazer com que os negócios se desenvolvam, com a contratação de funcionários e o aperfeiçoamento dos produtos, por exemplo.

Dessa maneira, o mercado de startups se estabelece como oportunidade de investimento, de compra e de fusão. A conjuntura se tornou atrativa para investidores com a estruturação do mercado, que conta com mais plataformas para a aplicação de recursos. Além disso, a aceitação desse tipo de negócio também cresce, assim como os números desse mercado.

Conheça cases de startups que se tornaram empresas unicórnios

No universo das startups, se tornarem unicórnios significa que conquistaram um valor de mercado de ao menos US$ 1 bilhão. Em todo o mundo, o número de startups que levam o mesmo nome que a criatura mitológica chegam a 779. Já o mercado brasileiro apresenta 20 startups que ultrapassaram esse marco de valuation.

Confira alguns casos de unicórnios existentes no mercado brasileiro para você entender de que modo se tornaram tão bem avaliados.

Exclusivo

Com valuation de US$ 1 bilhão, a IDTech Unico entrou para a lista de unicórnios brasileiras ao receber um investimento de R$ 625 milhões dos fundos SoftBank Latin America Fund e General Atlantic, após uma rodada de investimentos de série C. A Unico também chegou a triplicar o número de colaboradores em 12 meses e tem 800 clientes.

ByteDance

Outro caso que podemos citar é da chinesa ByteDance, controladora da rede social Tik Tok, que se tornou a startup mais valiosa do mundo, sendo avaliada em US$ 140 bilhões. No ano passado, a empresa divulgou que a receita total aumentou 111% em relação a 2019. Em meio à pandemia, o Tik Tok alcançou o ponto de 1 bilhão de usuários ativos por mês.

Culture Amp

A plataforma de engajamento de colaboradores Culture Amp tem uma avaliação de US$ 1,5 bilhão. O valuation subiu neste ano depois de a empresa ter arrecadado US$ 100 milhões com um financiamento de série F, capitaneado pelos investidores Sequoia Capital China e TDM Growth Partners. A avaliação recente é duas vezes maior do que era em 2019.

Nubank

Fundado em 2013, o banco digital Nubank tem valuation de US$ 30 bilhões. A fintech fechou duas extensões da rodada série G realizada no início deste ano, que alcançaram R$ 750 milhões.

Conforme o balanço do primeiro semestre de 2021, a instituição já conta com mais de 41 milhões de clientes no Brasil, o que corresponde a um aumento de 60% em 12 meses. Ademais, o Nubank anunciou um lucro líquido de R$ 76 milhões nesse período.

Quinto Andar

Destinada ao aluguel e à venda de imóveis, a proptech Quinto Andar começou a valer US$ 5 bilhões depois de ter um aporte de US$ 120 milhões, liderado pelo fundo GreenOaks e pelo grupo Tencent. No intervalo de dois anos, a empresa aumentou mais de quatro vezes a sua avaliação de mercado.

Como o Brasil se tornou berço para startups

Atualmente, cerca de 13,4 mil startups vivem no ecossistema brasileiro, em níveis diferentes de desenvolvimento de um negócio. Para você ter uma ideia, em agosto deste ano, o país registrou um recorde de investimentos em startups que ultrapassou R$ 3,5 bilhões.

Além disso, é possível observar uma movimentação para fora do Brasil quando esse tipo de empresa atinge certa maturidade e são negociadas para outras companhias por valores entres R$ 5 e R$ 50 milhões.

Antes mesmo da pandemia, que acelerou a busca por soluções tecnológicas, o Brasil mostrava aceleração no desenvolvimento desse mercado. Relatório feito pela McKinsey & Company, apresentado em 2020, apontou que o país se transformou em um dos principais pólos de inovação, com potencial para atrair startups bilionárias nos próximos anos.

Em uma pesquisa quantitativa com mais de 400 startups brasileiras, na última década, o país registrou um aumento no número e nos valores de aportes em empresas do ramo de tecnologia.

Até o ano de 2012, esses fundos de investimento haviam aplicado US$ 60 milhões em startups brasileiras. Essa quantia aumentou mais de 10 vezes até 2017. No ano seguinte, a soma de investimentos de Venture Capital significava US$ 1,5 bilhão (0,07% do PIB nacional). Em 2019, o valor chegou a US$ 2,4 bilhões (0,12% do PIB).

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A Apsis é uma consultoria independente que auxilia grandes e médias empresas em transações envolvendo análises contábil, fiscal e financeira. Em seus serviços, a Apsis, se utiliza do due diligence para avaliar startups, pois são modelos de mercado mais difíceis de se avaliar, e por isso, é necessário aplicar um método que faça uma reflexão acerca da estrutura, da governança e da visão contábil desta.

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Pedro Gusmão
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