Estácio investirá R$ 500 milhões

Com 230 mil alunos, a Estácio pretende dobrar de tamanho até 2015. Para atingir essa meta a instituição de ensino carioca, que já é uma das maiores do país, investirá R$ 500 milhões em aquisições.

"Nossa meta nos próximos quatro anos, incluindo 2011, é conquistar 100 mil alunos por meio de aquisições e outros 100 mil estudantes via crescimento orgânico", disse Eduardo Alcalay, presidente da Estácio. Ontem, a Estácio anunciou a compra da Faculdade de Excelência Educacional do Rio Grande do Norte (Fatern) por R$ 22 milhões. É a terceira aquisição neste ano, investimentos de R$ 51 milhões.

Atualmente, a companhia tem um caixa líquido de R$ 130 milhões para compras. "Também temos também uma linha aprovada pelo IFC de R$ 100 milhões com prazo de pagamento de 10 anos, além de geração de caixa e outros instrumentos de captação de recursos", disse Alcalay. Em 2010, a Estácio registrou lucro líquido de R$ 80,6 milhões, um acréscimo de 27% sobre 2009.

Fundada no Rio e dona de 35% do mercado carioca de ensino, a Estácio está focando a sua expansão no Nordeste, Norte, Centro-Oeste, São Paulo e Minas Gerais.

As aquisições da Estácio acompanham a movimentação do mercado de ensino superior, que retomou este ano os processos de fusões e aquisições. Nos quatro primeiros meses deste ano já foram fechadas sete operações. Em 2010 foram apenas cinco transações, segundo dados da KPMG. "Após um 2010 tímido, este ano será bem melhor. Acredito que ainda neste trimestre, já haverá um número maior de fusões e aquisições quando comparado a todo o ano passado", diz Luís Motta, sócio da KPMG.

Além da Estácio, que tem como principal acionista o fundo GP, outra instituição de ensino que está puxando essa nova onda de aquisições é a paulista Anhanguera, que também tem ao seu lado o fundo de private equity Pátria. Dessas sete transações concluídas no setor de educação, três foram comandadas pela Anhanguera que já desembolsou cerca de R$ 82 milhões para compra de outras faculdades.

Sopra a favor da Anhanguera o caixa de R$ 1 bilhão para expansão. A instituição de ensino paulista, que tem mais de 300 mil alunos e fechou o ano passado com um lucro líquido de R$ 123 milhões, também tem planos ambiciosos de crescimento. A meta da companhia é dobrar o número de campi e com isso ter capacidade para atender meio milhão de alunos até o fim do próximo ano.

(Beth Koike | valor)

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