Setor fatura R$ 3,6 bi em 2011

A longevidade da população associada à crescente noção do brasileiro de que exercício físico é indispensável à saúde tem atraído mais público às academias de ginástica. Waldyr Soares, presidente do Instituto Fitness Brasil, diz que essa é a principal explicação para o aumento do faturamento do setor, que chegou a R$ 3,6 bilhões em 2011.
 
Em dólares, o faturamento ultrapassou o patamar dos US$ 2 bilhões no ano passado e mostra que o setor dobrou de tamanho no ano passado. "O mercado brasileiro vem num crescimento muito forte, exuberante. Somos o segundo do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos". Em 2011, os gastos com atividades físicas subiram 8,26%, segundo o IPCA.
 
O setor chama a atenção de bancos brasileiros. O Pátria comprou 51% da Bio Ritmo, segunda maior do país. Na última semana foi anunciada a aquisição de 30% das redes Bodytech e Fórmula pelo fundo de private equity do BTG Pactual, por R$ 200 milhões. "É um valor que poucos bancos de investimento pagam por uma empresa nessa área no mundo", diz Soares.
 
A receita do setor no Brasil cresceu numa proporção muito maior do que o aumento de academias e de praticantes em 2011. Hoje ainda não existe um levantamento que mostre se os valores médios cobrados pelas empresas do setor têm aumentado, justificando a escalada do faturamento. Soares, contudo, avalia que o salto no faturamento do setor está ligado ao tipo de expansão feita. Observa que as redes de grande porte, mais sofisticadas, com tíquetes médios de R$ 330,00 a R$ 500,00, passam por um ciclo de expansão forte. A Bio Ritmo, por exemplo, encerrou 2011 com 100 mil alunos.
 
Na outra ponta, o executivo lembra do crescimento registrado por academias de baixo custo. Segundo ele, a Smart Fit, a bandeira popular da Bio Ritmo, tem hoje 50 unidades espalhadas pelo país com preços a partir de R$ 49,00. "Há um ano e meio, não existia sequer uma".

(Valor)

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