Vendas de imóveis residenciais novos em SP despencam em janeiro

As vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo iniciaram 2011 com um forte recuo de 45 por cento em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano passado. Em relação ao total informado em dezembro, a queda foi ainda maior, de 83,26 por cento, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo sindicato que representa o setor imobiliário na capital paulista, Secovi-SP.
 No primeiro mês deste ano, foram comercializados 830 imóveis na capital, menor volume para janeiro desde 2004, segundo o Secovi, que atribui o tombo à sazonalidade do período de férias. Em dezembro passado, foram comercializadas 4.960 unidades em São Paulo.

 Para o economista-chefe do Secovi, Celso Petrucci, o resultado de janeiro reflete "um fato pontual", sendo cedo para traçar tendências.

 As unidades de dois dormitórios lideraram as vendas em janeiro, respondendo por 37 por cento do total, seguidas por aquelas com três quartos, que ficaram com 31 por cento.

 A velocidade de vendas, medida pela relação de venda sobre oferta, também desacelerou no início de 2011, ficando em 6,7 por cento em janeiro, contra 29,2 em dezembro e 11,3 ano a ano.

Já em termos de lançamentos, no primeiro mês de 2011 foram ofertadas 601 unidades na capital, aumento de apenas 1,9 por cento sobre o total lançado um ano antes.

"Por se tratar do primeiro mês do ano, o efeito sazonal explica a retração do mercado de imóveis novos residenciais", afirma Petrucci.

Ele ressalta ainda a tendência de redução da relevância da cidade de São Paulo nos resultados da Região Metropolitana do Estado. Até 2006, a capital representava de 74 a 80 por cento do mercado, tendo encerrado 2010 com 55 por cento de participação.

"Um dos principais motivos desse movimento é a restritiva legislação urbana da cidade de São Paulo, que diminuiu o potencial de edificação e provocou a consequente migração dos empreendimentos para outras cidades", acrescenta Petrucci.

Em janeiro, a região metropolitana de São Paulo registrou queda de 32,5 por cento no número de imóveis comercializados ante o mesmo período de 2010, enquanto os lançamentos foram 4,7 por cento menores na mesma base de comparação.

(Vivian Pereira | Reuters)
 

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