Odebrecht e Eike vencem licitação para administrar Maracanã

O Consórcio Maracanã S.A, formado pela Odebrecht, o grupo AEG e a IMX, do empresário Eike Batista, foi habilitado nesta quinta-feira a administrar o Maracanã. De acordo com o governo do Rio, o consórcio concorrente, formado pela OAS, Largadère Unlimited e Stadion Amsterdam, decidiu não entrar com recurso.

O consórcio terá o direito de explorar o complexo esportivo, composto pelo estádio de futebol Mário Filho, o Maracanã, e pelo estádio poliesportivo Gilberto Cardoso, o Maracanazinho, pelos próximos 35 anos.

A decisão da Comissão de Licitação do governo do Estado do Rio – proprietário do complexo – foi unânime e deverá ser homologada pelo secretário da Casa Civil do Rio, Regis Fichtner, e depois publicada no Diário Oficial.

O consórcio, liderado pela Odebrecht, ofereceu R$ 5,5 milhões anuais pela concessão do complexo, no valor total de R$ 192,5 milhões no período de 35 anos.

O concorrente ofereceu R$ 4,7 milhões anuais como pagamento pela concessão ao governo do Rio.

O secretário Fichtner considerou o resultado da disputa excelente e elogiou as empresas que compõem o consórcio como “de altíssimo nível”. De acordo com ele, a administração do estádio pelo governo estadual, como era antes da reforma do Maracanã, seria muito custosa aos cofres públicos.  A reforma do estádio do Maracanã – ainda não concluída – custou ao governo mais de R$ 1 bilhão.

O ganhador da concessão terá agora a obrigação contratual de arcar com os custos da construção dos novos parque aquático e estádio de atletismo, uma vez que o edital prevê a demolição dos equipamentos atuais. No local do parque aquático Julio Delamare e do estádio Célio de Barros serão construídos um shopping Center e um estacionamento, também custeados pelo consórcio. Mas a prioridade das obras será definida pelo concessionário. As novas construções, no entanto, devem estar prontas antes da Olimpíada de 2016, no Rio.

A Odebrecht detém participação de 90% no consórcio Maracanã S.A., enquanto a IMX, de Eike Batista, tem 5% de participação, mesmo percentual da AEG.

Segundo Fichtner, no jogo do dia 2 de junho, entre Brasil e Inglaterra, o estádio já estará sob a administração do consórcio vencedor.

(Valor)

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