Para atrair investimento, China reduzirá tributo para grupos estrangeiros

A China vai reduzir em até 50% a tributação sobre lucros de grupos estrangeiros que forem repatriados. O benefício é um reflexo da flexibilização dos tributos retidos na fonte feita como forma de atrair mais investimento ao país.

A regra também valerá, segundo o “Financial Times”, para os dividendos pagos por companhias chinesas a investidores estrangeiros.

Para os dois casos, contudo, a aplicação se dará apenas para os países com os quais os chineses têm acordo sobre taxas, como o Reino Unido. Companhias norte-americanas não serão beneficiadas pela alteração.

O corte nas taxa representará uma cifra bilionária para os grupos que atuam na China. Segundo analistas da KPMG, a mudança terá um impacto imediato de aumentar a repatriação de dividendos e, em seguida, de estimular maior soma de investimentos ao país.

O relaxamento das taxas foi negociado por quase um ano entre autoridades tributárias, consultores e as empresas. A decisão fará com que a taxação sobre dividendos caia de 10% para 5%.

No ano passado, cerca de US$ 65 bilhões em dividendos foram repatriados por companhias estrangeiras. A KPMG estima em US$ 8,6 bilhões o valor total pago com a taxação sobre os dividendos para estrangeiras.

A cifra equivale a quase metade de todos os tributos pagos pelas companhias estrangeiras na China.

A redução de impostos retidos na fonte foi introduzida pela primeira vez na China no fim de 2009. As companhias, entretanto, tinham de cumprir uma longa lista de critérios, os quais a maior parte delas não conseguiu atender.

A partir de agora, qualquer empresa de um país com acordo de taxas com a China estará automaticamente qualificada para se beneficiar da redução da alíquota sobre os dividendos.

(Jornal Floripa)

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