A companhia lançou R$ 200 milhões no início do terceiro trimestre, informou o diretor comercial da Rossi Residencial, Rodrigo Martins. De janeiro a março, a companhia não fez nenhum lançamento e, no segundo trimestre, lançou R$ 148 milhões.
Os lançamentos de abril a junho superaram os do mesmo período do ano passado em 72%. Os projetos foram lançados nas regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas (SP) e do Rio de Janeiro, principais regiões estratégicas da companhia. Os lançamentos do segundo trimestre foram voltados para o público de médio e médio-alto padrão.
Segundo o diretor-superintendente da Rossi, Leonardo Diniz, há um “ligeiro aquecimento” nas vendas brutas em julho e no início de agosto.
Diniz citou que as vendas brutas do segundo trimestre superaram as dos três primeiros meses do ano. Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, porém, houve queda de 55%, para R$ 433 milhões.
Melhora das margens
O diretor financeiro e de relações com investidores, Rodrigo Medeiros, disse que a tendência das margens da companhia é de melhora, a medida em que o peso dos projetos antigos for reduzido.
A margem bruta caiu de 29,3% no segundo trimestre de 2012 para 26% de abril a junho.
Segundo Medeiros, a curva de repasses da incorporadora tem se acelerado, mas o atraso do processo de obtenção do ‘habite-se’ fará com que R$ 500 milhões previstos inicialmente para entrar no caixa da companhia no segundo semestre de 2013 só ingressem em 2014.
A Rossi elevou sua meta de dívida líquida sobre patrimônio líquido para o patamar de 105% a 115% no fim de 2013. O guidance anterior era de 85% a 95%.
Urbanizadora
O primeiro projeto da Rossi Urbanizadora, braço da incorporadora focada no planejamento e construção de bairros planejados, deve ser lançado em outubro, na região de Campinas, informou o diretor-superintendente.
Conforme Diniz, a Rossi não vai desembolsar recursos de seu caixa na urbanizadora. “Mandatamos uma assessoria financeira para ajudar na busca de investidores”, afirmou. O parceiro poderá investir na urbanizadora ou em projetos.
O executivo citou que, na revisão das projeções de alavancagem da companhia, não foi considerada nenhuma venda adicional de ativos.
Em relação à Rossi Commercial Properties, a companhia ainda está interessada na desmobilização de ativos, de acordo com Diniz.
(Chiara Quintão | Valor)