A Swiss Re fechou acordo para obter uma participação de 14,9% na SulAmérica, por meio da aquisição de 11,1% das ações do ING e de 3,8% da família Larragoiti na companhia.
A transação teve valor de US$ 334 milhões e não deve alterar a estratégia operacional ou de gestão da SulAmérica, embora a Swiss Re passe a ter uma cadeira no conselho de administração, disse Patrick de Larragoiti Lucas, presidente do conselho de administração da SulAmérica. “Um novo ciclo se inicia com uma nova estrutura societária, na qual a família Larragoiti assume o controle integral da SulAmérica”, disse Larragoiti Lucas.
Por este acordo, o ING terá sua participação direta e indireta reduzida para 17,1% e a Família Larragoiti passando a deter 20,9% de participação direta e indireta, dos atuais 24,7%. Entretanto, a participação da família será ampliada para 28,1% nas próximas semanas, explicou Larragoiti Lucas, com o fechamento do acordo de venda, assinado em fevereiro, da participação de 45% do ING para a família na Sulasapar Participações S.A., controladora da SulAmérica. Essa última transação consolidará o controle da família Larragoiti no SulAmérica.
“A Swiss Re é um nome de referência em seguros e resseguros, tem presença em mais de 60 países, inclusive no Brasil, e trará experiência internacional que será importante para a estratégia da companhia”, afirmou Larragoiti. Ele afirmou que, mesmo assim, por enquanto, nada muda na SulAmérica e que a empresa não avançou em discussões detalhadas ainda com a companhia sobre operações em novas áreas as quais a SulAmérica não está presente.
A operação entre a Swiss Re e o ING está sujeita à aprovação prévia do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), de acordo com procedimentos normais para esse tipo de transação.
Em maio, o International Finance Corporation (IFC), braço financeiro do Banco Mundial, adquiriu participação de pouco mais de 7% na SulAmérica, resultando em um investimento de R$ 400 milhões. Na ocasião, a participação direta do grupo ING na seguradora caiu de 21,2% para 13,6%. O IFC pode indicar um membro para o conselho de administração da companhia.
(Cynthia Decloedt | Agência Estado)