Venda de terrenos ajuda lucro da Rossi

A venda de terrenos pela Rossi Residencial teve impacto positivo no lucro líquido de R$ 43,8 milhões obtido pela companhia no primeiro trimestre. No período, a Rossi realizou venda de terrenos no valor de R$ 149 milhões, com lucro de R$ 32 milhões. O lucro da Rossi no primeiro trimestre foi 44% menor que o do mesmo período de 2011.
 
Segundo o diretor financeiro e de relações com investidores da Rossi, Cassio Audi, essa venda faz parte do "rebalanceamento" do portfólio, em que a empresa sai de projetos que têm margens menores e busca mercados com rentabilidades superiores.
 
A Rossi recebe o pagamento pela venda dos terrenos em 30 meses, o que significa que a operação "ajuda na geração de caixa no curto e médio prazo", conforme Audi. A companhia tem focado as atenções na geração de caixa e na melhora de rentabilidade.
 
Segundo Audi, a margem da empresa excluindo a venda de terrenos está próxima de 28,5%.
 
A venda de terrenos contribui também para a redução de despesas administrativas pela Rossi, conforme o executivo. De janeiro a março, a Rossi registrou R$ 56 milhões em despesas gerais e administrativas, ante R$ 69 milhões no quarto trimestre de 2011.
 
A expectativa da Rossi é manter o nível desse dos três primeiros meses do ano registrado nesse indicador nos demais trimestres de 2012 e o mesmo valor absoluto, no ano, em relação ao obtido em 2011. "Se outras medidas forem necessárias para a continuidade desse patamar, elas serão tomadas", disse o diretor.
 
No primeiro trimestre, a Sociedade de Propósito Específico (SPE) Alcea registrou lucro de R$ 17 milhões, devido à evolução de suas cinco obras. Os lançamentos da Alcea somam R$ 800 milhões. "Houve venda forte de projetos da SPE no quarto trimestre. No primeiro trimestre, em que a venda foi inferior, o lucro apropriado e a receita ficaram em linha com a evolução dos R$ 800 milhões em projetos dessa SPE", explicou Audi.
 
No trimestre, houve impacto negativo das rescisões de R$ 20 milhões no lucro líquido da Rossi. A companhia fez rescisões antecipadas para garantir desempenho dos repasses de clientes programados para os próximos seis meses. Os distratos deverão ser um pouco menores, nos próximos trimestres, do que ocorreu no primeiro trimestre, segundo Audi. A Rossi tem conseguido vender, no próprio trimestre, 80% do que é rescindido.
 
A incorporadora reduziu a meta de entregar entre 18 mil e 20 mil unidades, em 2012, para o patamar de 16 mil a 18 mil unidades no ano. "Conservadoramente, diminuímos o valor, para superá-lo", disse o diretor de relações com investidores da Rossi. Conforme Audi, a companhia reduziu a projeção de entregas para este ano em função da burocracia enfrentada no processo de obtenção do "habite-se".

(Valor)
 

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