ALL prevê 4o tri positivo e deve investir R$850 mi em 2012

Depois de apresentar leve alta no lucro de julho a setembro, a empresa de logística ALL projeta um quarto trimestre também positivo e vê o aumento de produtividade como vetor de crescimento para 2012.

Os investimentos para o próximo ano já estão definidos em patamar similar ao de 2011, segundo o diretor financeiro e de Relações com Investidores da empresa, Rodrigo Campos.

Nos três meses até setembro, a ALL teve lucro de 91,3 milhões de reais, alta de 3,3 por cento sobre um ano antes. Já o Ebitda – sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – foi de 429,4 milhões de reais, expansão de 16,4 por cento.

A receita líquida trimestral totalizou 869 milhões de reais, 19,8 por cento superior à registrada um ano antes.

"Quando olhamos o mercado vemos que crescemos ganhando muito market share em (produtos) agrícolas", afirmou Campos à Reuters nesta terça-feira.

De acordo com ele, o atraso na colheita de parte da safra de 2011 deve beneficiar a ALL. "Parte da safra que estava atrasada deve ser exportada no quarto trimestre, o que é bom, porque o quarto trimestre é de sazonalidade mais baixa."

No terceiro trimestre, o yield ferroviário médio – indicador das tarifas cobradas para o transporte de carga – subiu 4 por cento na comparação anual. O volume transportado no Brasil, onde está a maior parte da malha da ALL, teve alta de 10,4 por cento, na mesma base de comparação.

PRODUTIVIDADE

Segundo o diretor da ALL, em 2012 a empresa deve investir 850 milhões de reais, sendo 200 milhões de reais no Projeto Rondonópolis, que consiste na expansão da malha ferroviária até o município mato-grossense que é importante fronteira agrícola.

No início de 2012, a companhia começa a operar o terminal em Itiquira (MT), que representa metade do trajeto entre Alto Araguaia e Rondonópolis. Com o novo terminal, a empresa prevê demanda adicional para transportar 2 milhões de toneladas de soja e milho.

"Em 2012 teremos toda a construção até Rondonópolis, e em 2013 começamos a operar a malha completa", afirmou Campos.

Dos 650 milhões de reais restantes, o diretor explicou que o valor será repartido entre manutenção e expansão.

"Na expansão os principais investimentos são em via permanente… para torná-la mais robusta em alguns trechos."

Apesar de um investimento superior a 300 milhões de reais em expansão projetado no ano que vem, a ALL não espera comprar novos vagões. Isso porque a empresa quer investir em produtividade: transportar um volume maior de carga com os mesmos equipamentos, e em tempo menor.

"Queremos crescer fazendo volume maior e ganhando produtividade", concluiu o executivo da ALL.

(Vivian Pereira e Carolina Marcondes l Reuters)

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