Anima Educação contrata Itaú BBA, BofA e HSBC para IPO

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A Anima Educação contratou os bancos Itaú BBA, Bank of America Merrill Lynch e HSBC para coordenarem sua oferta inicial de ações (IPO), conforme prospecto preliminar disponibilizado nesta terça-feira pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
 
A oferta inclui distribuição primária, em que os recursos captados vão para o caixa da companhia, e secundária, em que o dinheiro da operação é destinado aos acionistas vendedores. O valor da operação, faixa de preço das ações e data da oferta ainda não foram divulgados pela empresa.
 
A intenção da companhia de fazer uma oferta inicial de ações havia sido antecipada em agosto pela Reuters.
 
A decisão da Anima de realizar IPO coincide com esforços de outras companhias do setor educacional de recorrer a investidores para expandir suas atividades e adquirir empresas rivais.
 
A Kroton Educacional e a Abril Educação são empresas buscaram investidores em meio às promessas da presidente Dilma Rousseff de trabalhar junto das empresas para ampliar a qualidade e a cobertura da educação privada no país.
 
A Ser Educacional, por exemplo, deve precificar em outubro seu IPO, que deve girar em torno de 300 milhões a 400 milhões de dólares, segundo o IFR, serviço da Thomson Reuters.
 
No prospecto, a Anima Educação informou que a totalidade dos recursos levantados será destinada à continuidade do seu processo de aquisições.
 
Atualmente, a empresa é dona dos centros universitários Una, UniBH e Unimonte, e de duas faculdades nas cidades de Betim e Contagem, em Minas Gerais. Em março deste ano, a Anima comprou uma participação 50 por cento na HSM, instituição de educação e eventos corporativos, por 55,3 milhões de reais.
 
Até junho, a companhia contava com mais de 48 mil estudantes matriculados em cursos presenciais, em 17 campi localizados nos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.
 
Segundo a companhia, os números foram alcançados partindo de uma operação inicial de dois campi e 3,8 mil estudantes em 2003. Nos últimos anos, a companhia contou com uma forte ajuda do FIES, programa de financiamento estudantil do governo, para crescer.
 
Os recursos advindos do programa foram responsáveis por 41 por cento da receita da Anima Educação no primeiro semestre deste ano, ante um percentual de 28 por cento no exercício social de 2012 e apenas 8 por cento em 2010.
 
Entre janeiro e junho, a Anima Educação registrou uma receita líquida de 215,25 milhões de reais, alta de 36,3 por cento sobre igual período de 2012. Já o lucro líquido avançou 67,5 por cento na mesma base de comparação, a 30,25 milhões de reais.
 
(Marcela Ayres | Reuters)

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