O grupo Anima Educação definiu faixa de preço para sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) entre 16,50 e 22 reais por papel, segundo prospecto divulgado nesta sexta-feira, em mais uma abertura de capital no setor após a fusão bilionária entre Kroton e Anhanguera no início do ano.
O IPO da Anima, grupo com operações em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, envolverá distribuição primária de 21.090.909 ações em lote inicial, que poderá ser agregado a uma oferta secundária se houver demanda para um lote de papéis adicionais, segundo o prospecto.
Considerando apenas a distribuição primária, em que os recursos levantados vão para o caixa da empresa, a operação pode levantar entre 348 milhões e 464 milhões de reais.
Se houver demanda, lotes adicional, com até 4.218.181 ações, e suplementar, com até 3.163.636 papéis, poderão ser exercidos.
Os coordenadores do IPO são Itaú BBA, Bank of America Merrill Lynch e HSBC. A precificação está marcada para 24 de outubro, enquanto o período de reserva vai entre 11 a 23 deste mês. As ações devem começar a serem negociadas no segmento Novo Mercado da BM&FBovespa no dia 28.
O prospecto da operação foi divulgado depois que a Ser Educacional, com foco no Nordeste e Norte do país, ter publicado os termos de um IPO que pode movimentar quase 1 bilhão de reais também neste mês. No caso do IPO da Ser, a reserva vai de 8 a 17 de outubro e a precificação deve ocorrer em dia 18.
A Anima informou anteriormente que a totalidade dos recursos levantados será destinada à continuidade do seu processo de aquisições.
Atualmente, a empresa é dona dos centros universitários Una, UniBH e Unimonte, e de duas faculdades nas cidades de Betim e Contagem, em Minas Gerais. Em março deste ano, a Anima comprou uma participação 50 por cento na HSM, instituição de educação e eventos corporativos, por 55,3 milhões de reais.
Até junho, a companhia contava com mais de 48 mil estudantes matriculados em cursos presenciais, em 17 campi localizados nos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.
Segundo a companhia, os números foram alcançados partindo de uma operação inicial de dois campi e 3,8 mil estudantes em 2003. Nos últimos anos, a companhia contou com uma forte ajuda do FIES, programa de financiamento estudantil do governo, para crescer.
Entre janeiro e junho, a Anima Educação teve receita líquida de 215,25 milhões de reais, alta de 36,3 por cento sobre igual período de 2012. Já o lucro líquido avançou 67,5 por cento, a 30,25 milhões de reais.
(Alberto Alerigi Jr. | G1)