A Cemig está avaliando aquisições de ativos nas áreas de geração, transmissão e distribuição que, segundo a diretoria, vão colocar a empresa em ‘outro patamar’. Um desses negócios poderá ser anunciado ainda em junho, segundo Fernando Henrique Schüffner Neto, diretor de novos negócios da companhia.
As declarações foram feitas durante encontro anual com investidores da empresa, que acontece em conjunto com a reunião da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), em Uberlândia, Minas Gerais.
O presidente da Cemig, Djalma Bastos de Morais, afirmou que a companhia fez aquisições de cerca de R$ 2 bilhões nos últimos três anos. “Nos próximos três anos, teremos de fazer bem mais e vamos fazer”, disse.
O executivo comentou ainda que o objetivo da empresa é voltar ao patamar de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) que tinha até agosto do ano passado, um mês antes de o governo federal ter anunciado seu plano de redução das tarifas de energia elétrica.
Morais lembrou que, ao longo das discussões sobre a Medida Provisória nº 579, a empresa perdeu quase R$ 10 bilhões em valor de mercado. Ele definiu a MP como “um pequeno tropeço, uma pequena adversidade”.
A Cemig não aderiu às novas regras do governo, no caso das geradoras, e, por isso, se a posição do governo se mantiver, a companhia perderá o direito a três hidrelétricas – São Simão, Jaguara e Miranda.
(Marcos de Moura e Souza | Valor)