CMPC investirá US$ 2,1 bi em unidade de celulose no RS

O Conselho de Administração da CMPC aprovou nesta quinta-feira a expansão da usina de Guaíba, no Rio Grande do Sul. O projeto, que receberá investimentos totais de US$ 2,1 bilhões, prevê a construção e operação de uma nova linha de produção de celulose de eucalipto branqueada, com capacidade total de 1,3 milhão de toneladas por ano. Com o investimento, a CMPC aumentará sua capacidade de produção de celulose para 4,1 milhões de toneladas anuais.
 
Em comunicado à imprensa, a companhia explica que a unidade será somada à linha de celulose de eucalipto branqueada já existente no local, que atualmente possui capacidade de 450 mil toneladas anuais. A previsão é de que a segunda linha entre em operação no primeiro trimestre de 2015.
 
“Este investimento é um marco para a CMPC, o maior na história da companhia”, destaca o CEO da CMPC, Hernán Rodríguez, em nota. Segundo o executivo, a decisão é mais um passo na internacionalização da empresa e eleva o investimento total da CMPC no Brasil para US$ 4,5 bilhões. Segundo a companhia, o projeto Guaiba II deverá ajudar a empresa a dobrar a participação no mercado global de celulose.
 
A empresa informa ainda que já obteve todas as licenças e autorizações estaduais, municipais e ambientais necessárias para fazer a expansão da unidade, cujo projeto será autossuficiente no suprimento de madeira.
 
Financiamento
 
Para fazer jus aos investimentos previstos, o conselho da CMPC propôs um aumento de capital de até US$ 750 milhões. Este aumento de capital deve ser realizado em duas etapas – US$ 500 milhões no primeiro semestre de 2013, e os US$ 250 milhões restantes nos três anos seguintes, de acordo com as necessidades da companhia ou do projeto. O aumento de capital será analisado na assembleia geral extraordinária marcada para 24 de janeiro de 2013.
 
O conselho autorizou ainda a CMPC Celulose Riograndense Ltda., unidade brasileira da companhia, a obter crédito no valor de R$ 2,51 bilhões no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O prazo da linha é de 10 anos, com amortizações mensais de principal e juros e início após a conclusão do plano de investimento.
 
Outro tema definido pelo conselho foi o uso de recursos em caixa, a preparação de oferta de títulos de até US$ 500 milhões nos mercados local e internacional, e a eventual venda de ativos não-centrais, tais como ativos imobiliários, além da venda de sua participação de 7,7% na Bicecorp S.A.
 
(Estadão)

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