GOL mira nova classe C e inaugura lojas em São Paulo

O presidente da GOL Linhas Aéreas, Constantino de Oliveira Júnior, afirmou hoje que a companhia tem investido no que chama de "nova classe média", em referência à crescente classe C do país.

Uma das estratégias é inaugurar pontos de venda em bairros constituídos majoritariamente por famílias da classe média ou em locais onde as pessoas dessa classe social mais transitam, como terminais de ônibus.

"Estamos tomando iniciativas que visam a estimular a nova classe média. O volume de passageiros que viajam a lazer tem aumentado, embora não tenhamos como especificar, neste momento, o quanto esse nicho cresceu", explicou Constantino, durante teleconferência para comentar os resultados obtidos pela companhia no primeiro trimestre.

O executivo disse que "boa parte das iniciativas planejadas para este ano ainda estão sendo implementadas". "Estamos nos esforçando para entender melhor o comportamento desse público."

O presidente da GOL ressaltou que uma loja aberta recentemente no Largo 13 de Maio, em Santo Amaro, região sul de São Paulo, gerou resultados que "superaram as expectativas da companhia".

"Neste segundo trimestre, vamos inaugurar mais duas lojas em São Paulo. Ainda não definimos os locais, mas, provavelmente, uma delas será na Zona Leste e a outra no Terminal Rodoviário Tietê", acrescentou.

Outra estratégia adotada pela empresa para atingir esse público é a manutenção de tarifas competitivas em comparação com os preços da passagem de ônibus, que, segundo Constantino, "tem atraído muitos clientes da nova classe média".

Na teleconferência, o executivo também informou que visa a novas rotas. "Estamos estudando novos destinos. A expectativa é de que até o fim do ano possamos oferecer mais um destino doméstico".

Questionado sobre onde os novos destinos serão oferecidos, Constantino disse que existe a possibilidade de eles serem no interior dos estados de São Paulo e Minas Gerais. "Temos essa característica de realmente promover a integração nacional, mediante uma maior cobertura de malha aérea do país", disse.

O objetivo, explicou, é usar a cobertura da malha aérea para estimular a demanda e promover um maior número de conexões.

(Karin Sato | Valor)

 

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