Imóvel novo sobe 7,9% na cidade de SP

O metro quadrado de área útil de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo ficou 7,9% mais caro na primeira metade de 2010, de acordo com o Sindicato da Habitação (Secovi-SP). O aumento representa mais que o dobro da variação da inflação no período, já que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou alta de 3,1% nos seis primeiros meses do ano.

O incremento, de acordo com João Crestana, presidente do Secovi-SP, decorre principalmente da expansão do crédito habitacional, que possibilitou a ampliação da demanda. No primeiro semestre, o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) liberaram R$ 35 bilhões para financiamento de imóveis residenciais. A expectativa do Secovi-SP é que, no ano, esse valor ultrapasse os R$ 76 bilhões estimados pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o que representaria alta de 53%.

Para Crestana, como a demanda deve continuar crescendo em ritmo acelerado nos próximos meses, há espaço para mais aumento nos preços. "Acreditamos que os valores do metro quadrado de área útil continuarão subindo, ficando de 1 a 1,5 ponto percentual acima da inflação", calcula.

Outro fator que contribui para a escala dos preços é a redução nos estoques das construtoras. Desde a segunda metade de 2009, os números vêm decrescendo, sendo que apenas no primeiro semestre deste ano a queda foi de 28%, passando de 12.744 unidades em dezembro para 9.172 unidades em junho.

(Francine De Lorenzo | Valor)
 

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