Plano de expansão inclui aquisições

Os planos de expansão da Camera, que em janeiro completará 40 anos de operação, também incluem incorporações. Há alguns dias a empresa adquiriu, por um valor não revelado, uma planta em São Borja capaz de beneficiar 54 mil toneladas de arroz por ano. A unidade já industrializava o grão com a marca Camera desde 2009, mas até então sob regime de terceirização. Segundo o diretor administrativo e financeiro Fabio Magdaleno, agora a empresa utilizará 50% da capacidade da unidade para produção própria e também trabalhará para terceiros.

Até agora, a Camera vinha comprando 100 mil toneladas de arroz por ano, mas beneficiava 10 mil. O restante era vendido com casca. Com a ampliação do volume de produto industrializado para quase 30 mil toneladas por ano, a empresa vai usar a casca como biomassa para geração de calor na fábrica de Santa Rosa e na Usina de Ijuí.

No mês passado a empresa ainda arrendou, por 15 anos, as unidades de armazenamento e as operações de comercialização de grãos e insumos da cooperativa Cotrisa, de Santo Ângelo. Em agosto, adquiriu a cerealista Irmãos Marquetto, que trabalha com soja e arroz em Santa Maria. A Camera tem também fábrica de ração para suínos e bovinos em Santo Cristo, além de dois portos secos em Ijuí e Cacequi, de onde faz o transbordo de produtos para o porto de Rio Grande, e um centro de distribuição em Cachoeirinha.

A Camera é uma sociedade anônima de capital fechado. O diretor-presidente e maior acionista é Vanoli Kist, de 64 anos, genro do fundador, Orestes Camera. O filho dele, Roberto, é diretor industrial e de planejamento, e Marcos Jasioka é diretor de originação e logística, e também faz parte do grupo controlador. Magdaleno é um executivo contratado. Criado há dois anos, o conselho de administração terá em 2011 três representantes dos controladores e dois integrantes externos, mas conforme o diretor financeiro não há planos de abertura de capital.

(Valor)

 

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