‘Setor educacional ainda se consolida’, diz Carbonari, da Anhanguera

SÃO PAULO – A tudo o que é impossível, este professor de matemática diz fazer uma pergunta: "por que não?". E foi assim que Antonio Carbonari saiu das salas de aula e da pró-reitoria da Universidade São Francisco para fundar em 1994 a sua própria escola superior, a Anhanguera Educacional, hoje a maior rede de ensino do País.

Carbonari diz ter herdado dos pais o tino para o negócio.  "Venho de uma família de comerciantes, daí a veia empreendedora", comenta. Um conselho dos frades franciscanos que mantinham a São Francisco foi o gatilho para o empreendedor começar a colocar a sua ideia em prática. "Eles vinham o meu potencial e diziam que eu não devia me esquecer que aquilo não seria a minha herança, não seria meu."

O professor acredita ter quebrado paradigmas ao criar uma universidade voltada a trabalhadores de baixa renda que só dispunham de um tempo a noite para estudar. "É o que hoje se chama de classe C e D, mas lá atrás já enxergávamos como público", lembra.

Dos 240 alunos do início até os mais de 300 mil atuais, o crescimento foi exponencial. Somente desde a abertura de capital na Bolsa de Valores de São Paulo, em 2007, foram mais de 30 aquisições.

O setor ainda passa por uma fase de consolidação, que deve perdurar por pelo menos os próximos dois anos, acredita.

A empresa, no entanto, tem planos mais ambiciosos de expansão. "Mapeamos 200 potenciais cidades que podemos atuar, das quais 80 são filé mignon", conta o empresário que também releva que sonha em abrir unidades em outros países. "Por enquanto são apenas ideias, ainda não projetos. Acho que vão se tornar em planos ao longo de 2012", confessa.

(Yolanda Fordelone l O Estado de S. Paulo)

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