Maxi, do Paraná, planeja abrir mais cinco escolas

O grupo Maxi Neo DNA iniciou um processo de expansão de suas escolas, três meses após vender seu sistema de ensino para a Abril Educação. A operação das escolas não fez parte da transação concluída em outubro por R$ 43 milhões.
 
Com os recursos levantados na venda, o plano do grupo de ensino fundado em Londrina (PR) é abrir seis novas unidades nos próximos cinco anos. A primeira delas já foi inaugurada neste mês em Cuiabá, capital do Mato Grosso. Atualmente, o grupo que tem escolas de ensino fundamental e médio conta com quatro unidades, sendo duas localizadas em Londrina e as outras duas em Cuiabá.
 
Para as demais escolas, que podem ser abertas fora do Paraná e do Mato Grosso, o Maxi pretende ter parceiros. "Entraremos com um investimento de pelo menos 30% para a construção de novas unidades e a outra parte pode vir de um investidor imobiliário", explicou Ubiratan D”Andrea, diretor financeiro e um dos fundadores do Maxi Neo DNA.
 
O investimento do Maxi para as novas unidades pode variar entre R$ 15 milhões e R$ 30 milhões. Há essa variação porque o Maxi pode entrar com um aporte de 30% ou um percentual maior e há casos em que o imóvel pode ser alugado. Os recursos serão provenientes do caixa e dos sócios do Maxi.
 
Existe ainda a possibilidade de alguns investidores entrarem como sócios nas novas escolas. Questionado se a Abril Educação pode ser uma dessas parceiras, uma vez que a empresa da família Civita tem interesse em investir em colégios, o diretor financeiro afirmou que "gostaria muito que a Abril [Educação] fosse nossa sócia, mas não há nada fechado nesse sentido."
 
O grupo de ensino de Londrina tem cerca de 6 mil alunos que estudam em quatro colégios que estampam as bandeiras Maxi ou Neo DNA, voltadas para os públicos de maior poder aquisitivo e a classe C, respectivamente. As mensalidades variam de R$ 500 a R$ 700.
 
"Uma das nossas estratégias é iniciar as atividades apenas com cursos de ensino médio. Com o aumento da demanda na região, ampliamos para o ensino fundamental", complementou Virgilio Tomasetti Junior, diretor-geral e também um dos fundadores do Maxi Neo DNA.
 
O Maxi foi criado em 1988 por um grupo de 14 professores de cursinhos pré-vestibular que compraram umas das escolas que pertenciam ao grupo Positivo, de Curitiba, por US$ 1,2 milhão. "Na época, o Positivo achava que não valia a pena investir no interior do Paraná. Eles, inclusive, conseguiram um financiamento para nós", lembrou Tomasetti, que atualmente divide o negócio com outros seis sócios.

(Beth Koike | Valor)

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