O grupo canadense Brookfield está colocando em prática seu plano de expansão na área de “properties” (prédios comerciais) no Brasil, mercado no qual o grupo ainda tem poucos ativos, mas quer se tornar relevante, de acordo com uma fonte próxima à companhia.
Na terça-feira, 11, a BR Properties, empresa de gestão de ativos imobiliários, que tem o BTG Pactual como maior acionista individual, anunciou a venda de quatro imóveis em São Paulo e no Rio de Janeiro para os canadenses.
Pelo acordo, a BR Properties vendeu quatro imóveis, entre eles duas torres comerciais no complexo JK Iguatemi, um prédio na Cidade Jardim, todos em São Paulo, e um prédio no Rio de Janeiro, por R$ 2,079 bilhões, dos quais R$ 800 milhões correspondem a dívidas que serão assumidas pelo comprador. A transação ainda depende de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
No início deste mês, a BR Properties também tinha anunciado a venda de dez imóveis para o fundo BRE, que pertence à gestora de private equity (que compra participações em empresas) Blackstone, por R$ 1,065 bilhão .Esses recursos serão utilizados pela BR Properties para reduzir sua dívida, que no segundo trimestre ficou em R$ 4 ,3 bilhões, e para pagar dividendos aos seus acionistas.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Claudio Bruni, presidente da BR Properties, afirmou que a companhia tinha R$ 10,6 bilhões em ativos imobiliários, sobretudo no Rio e em São Paulo, no segundo trimestre; agora, o total será reduzido para cerca de R$ 7,6 bilhões. No momento, diz ele, a empresa não tem intenção de se desfazer de mais imóveis, mas vendas de ativos não estão descartadas. Em fevereiro, a BR Properties anunciou que faria uma oferta pública de aquisição de ações (OPA), que acabou não se concretizando. A oferta previa pagamento de R$ 12, mas encontrou resistência do mercado.
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(Istoé Dinheiro)