Carlyle quer comprar duas a três empresas ao ano no País

Os executivos do fundo querem ampliar sua atuação nas áreas de atuação e estão à procura de empresas nos setores de infraestrutura, agricultura e óleo e gás.

Após três grandes aquisições no Brasil em 2012, o fundo americano Carlyle Group quer manter a média de duas a três compras por ano, segundo seu chefe da operação no Brasil,  Fernando Borges. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Borges diz que ainda tem para investir metade do fundo de 1 bilhão de dólares no país, sendo que este valor pode aumentar, já que o Carlyle traz, sempre que possível, co-investidores para suas operações de aquisição, o que permite alavancar seu poder de compra. Os executivos do fundo querem ainda ampliar as áreas de atuação e estão à procura de empresas nos setores de infraestrutura, agricultura e óleo e gás.
 
O americano Carlyle Group, o segundo maior fundo de participação em empresas do mundo, tem hoje 156 bilhões de dólares sob gestão. O fundo, que até 2009 tinha apenas uma fatia da empresa de desenvolvimento urbano Scopel e um prédio no Rio de Janeiro, hoje exibe uma carteira com sete empresas – quase todas líderes em seus mercados – e um total de 1,7 bilhão de dólares alocado no Brasil.
No seu portfólio estão empresas como a operadora de turismo CVC, as lojas de móveis Tok&Stok ou a rede de brinquedos Ri Happy. Com uma aposta forte no mercado de consumo, o Carlyle deixou de ter uma presença quase irrelevante no país para se tornar um dos fundos mais ativos no mercado nacional – isso em apenas três anos.
 
““Tudo aquilo que a classe média sempre quis comprar, mas não tinha dinheiro, faz parte do nosso interesse. Seja um pacote de viagem ou um plano de saúde privado””, afirma Fernando Borges. Os investimentos, em geral, seguem uma lógica parecida. No radar, empresas familiares com histórico de alto crescimento, mas já maduras e com uma posição de relevância nos mercados em que atuam. A entrada na companhia se dá preferencialmente com a compra do controle e sempre com a manutenção do empreendedor como sócio. “”Nunca adquirimos 100%. Nossa tese é fazer uma parceria e ter uma postura conciliatória com o fundador””, explica.
 
Na aquisição mais recente feita pelo Carlyle – a compra de 60% da Tok&Stok, por 700 milhões de reais, segundo fontes do mercado, a manutenção da fundadora do grupo no cargo de presidente foi determinante para que a proposta do fundo com sede em Washington saísse vencedora do processo de competição feito pela varejista de móveis.

(Veja)

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