Para uma melhor alocação de recursos e a manutenção da saúde financeira geral de um negócio, os gestores devem estar cientes do valor atrelado ao patrimônio da empresa. Sendo assim, faz-se necessário o estudo de vidas úteis de ativos imobilizados, uma análise minuciosa que visa determinar o período durante o qual os bens tangíveis de uma companhia − como máquinas, equipamentos e edificações − serão economicamente benéficos para ela.
O que é o estudo de vidas úteis?
Basicamente, o estudo de vidas úteis consiste em uma revisão técnica e contábil da expectativa de uso dos ativos imobilizados. Ao longo do tempo, é natural que a performance e o valor de mercado de bens se depreciem devido a desgaste físico, obsolescência tecnológica ou mudanças operacionais. Por isso, é importante avaliar periodicamente o estado dos ativos, suas condições de operação e os padrões de manutenção.
A realização desse estudo abarca algumas etapas estruturadas, como as descritas abaixo.
- Identificação dos ativos: catalogar todos os ativos imobilizados da empresa, considerando a natureza e a finalidade de cada item.
- Coleta de dados: obter informações detalhadas sobre cada ativo, como custos de aquisição, manutenção, frequência de uso e condições atuais.
- Análise técnica: examinar o desempenho de cada ativo, tendo em vista fatores como desgaste, obsolescência e necessidade de atualização.
- Definição da vida útil: determinar a vida útil de cada ativo a partir da análise técnica. Essa fase pode envolver a consulta a normas contábeis, como o CPC 27, que fornece diretrizes sobre o cálculo da depreciação.
- Relatório e recomendações: elaborar um relatório que apresente as vidas úteis definidas e, se pertinente, recomendações para otimização do uso ou substituição de ativos.
Mediante o estudo de vidas úteis, as organizações têm a chance de ajustar suas políticas contábeis, recalculando taxas de depreciação, e alinhar suas finanças de maneira mais condizente com a realidade dos ativos. A principal meta dessa investigação é assegurar que a vida útil contabilizada esteja de acordo com a real durabilidade e o valor econômico dos bens. Quando há discrepâncias, a empresa pode estar superestimando ou subestimando o valor depreciado anualmente, o que afeta seus balanços e relatórios financeiros.
Vantagens para a saúde financeira empresarial
O estudo de vidas úteis traz benefícios expressivos para a saúde financeira de uma empresa. Entre os principais ganhos, estão:
- Redução de custos
Quando se tem uma visão clara da vida útil dos bens, é possível minimizar gastos com aquisição precoce de novos ativos. Desse modo, a empresa consegue direcionar melhor os seus investimentos.
- Benefícios fiscais
Apurar as vidas úteis dos ativos imobilizados também pode impactar positivamente o pagamento de impostos. Em muitos casos, a adequação das depreciações permite uma redução no valor tributável, gerando economias significativas.
- Boa reputação
Uma empresa que demonstra controle rigoroso sobre seus ativos transmite mais confiança perante os stakeholders e, eventualmente, um aumento no valor de mercado.
Estudo de vidas úteis como ferramenta estratégica
O estudo de vidas úteis dos ativos imobilizados transcende o aspecto contábil. Trata-se de uma ferramenta de gestão que oferece às empresas informações relevantes para a tomada de decisões estratégicas, como o planejamento de substituição de equipamentos, otimização de orçamentos de manutenção e aprimoramento da eficiência operacional.
Ao entender de forma mais clara o ciclo de vida de seus bens, a companhia é capaz de evitar paradas imprevistas de suas atividades e custos elevados com reparos de emergência. Além disso, o estudo de vidas úteis contribui diretamente para o compliance em relação às normas contábeis, como o CPC 27.
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