A restrição de acesso aos grandes centros de consumo, como shopping centers e outros complexos comerciais, causada principalmente pela crise sanitária da pandemia da Covid-19, fez com que muitas pessoas adotassem a compra produtos pela internet como um hábito de consumo frequente. Como consequências diretas disso, a operação de grandes empresas varejistas se intensificou e os espaços de armazenagem de produtos/estoques se tornaram cada vez mais necessários para atender a essa crescente demanda.
Esse panorama fez com que os imóveis logísticos, como centros de distribuição e galpões de armazenagem, tivessem resultados impressionantes em 2020 e 2021. Empresas como Amazon, Mercado Livre, Lojas Renner, B2W e Magalu expandiram suas operações e acrescentaram milhares de metros quadrados às suas propriedades.
Segundo dados da Buildings, plataforma de inteligência de mercado imobiliário, o novo estoque de condomínios logísticos no Brasil entregou 527.052 m² no terceiro trimestre de 2021, acumulando 1.210.106 m² este ano. Esse número já superou em 15% o total de 2019, que foi de 1.028.703 m². Espera-se que, até o final do ano, esse número supere o acumulado de 2020, quando foram entregues 1.461.599 m².
A plataforma informa também que há cerca de 4 milhões de m² em construção em todo o país e que parte dessa entrega ocorrerá ainda em 2021, evidenciando o excelente momento de mercado desse segmento.
De acordo com a Buildings, a taxa de vacância (isto é, a porcentagem de espaços desocupados) é de apenas 10,9%, o que equivale à menor taxa da série histórica. Mesmo com importantes entregas tendo sido feitas no período, essa taxa vem caindo ao longo dos anos, resultando em absorção líquida e evidenciando o apetite de mercado por esse tipo imóvel.
Cabe ressaltar que o estado de São Paulo concentra cerca de 70% da área total dos imóveis logísticos, o que o torna o maior centro comercial e logístico do país.
Um novo tipo de operação associada a esse mercado vem ganhando corpo atualmente: os galpões last mile. Trata-se de espaços que favorecem a otimização do processo logístico de encomendas (imprescindível ao varejo on-line) e que atendem às exigências dos atuais marketplaces. A velocidade com que a mercadoria entra e sai do depósito é a principal qualidade dessa operação, que combina as características construtivas dos espaços, a tecnologia e a logística para garantir a satisfação dos usuários em receber suas mercadorias em prazos cada vez mais curtos.
A Apsis elabora soluções em avaliação e estudos prévios de viabilidade que podem auxiliar na tomada de decisão em investimentos e/ou negociações desse segmento de mercado.
Time Apsis – Paulo Blanco