Não há um dia sequer em que você não seja impactado por algum tipo de notícia sobre inteligência artificial. Esse é, de fato, o assunto do ano (e provavelmente dos próximos também). Inclusive, a transformação da inteligência artificial está sendo comparada com o surgimento da internet, tamanha importância que os líderes estão dando para o tema.
A inteligência artificial não é um tema novo, já existe há anos, mas, com o surgimento do ChatGPT, as pessoas puderam de fato utilizar todo esse potencial de graça. Antes, elas eram impactadas pela inteligência artificial sem saberem que ela existia. E a propagação do ChatGPT foi tão grande que ele foi a tecnologia mais rápida a atingir 100 milhões de usuários. Em apenas dois meses! O Brasil, por exemplo, é o quinto país com mais acesso ao ChatGPT, à frente do Reino Unido e da Espanha (abril de 2023).
Muitos dirão que o Threads, rede social da Meta, bateu essa marca, mas ele não conta, pois já usou a base de bilhões de usuários do Instagram pedindo para apertar um botão de cadastro.
A inteligência artificial faz parte das nossas vidas e dos nossos negócios, mas precisamos esclarecer o termo “generativa” que vem acompanhando a inteligência artificial. O que isso significa?
Inteligência artificial generativa (IA generativa) é um tipo de IA que pode criar tipos de conteúdo e ideias, incluindo conversas, histórias, imagens, vídeos e músicas. Ao contrário da inteligência artificial convencional, programada para executar tarefas específicas, a IA generativa é capaz de criar algo novo e inesperado.
A IA generativa funciona treinando um modelo de aprendizado de máquina em um conjunto de dados de exemplos do tipo de conteúdo que deseja gerar. Por exemplo, um modelo de IA generativa para imagens pode ser treinado em um conjunto de dados de fotos de gatos. Depois de treinado, o modelo pode ser usado para gerar novas imagens de gatos, que podem ser diferentes das imagens do conjunto de dados de treinamento.
Por isso a IA generativa é um tema de interesse de muitas empresas: para utilizar todo o seu potencial nos seus conjuntos de dados, para tomada de decisões, aumento de produtividade, insights de negócios etc.
Cerca de 40% das empresas em todos os setores estão adotando ou avaliando cada uma das seis principais aplicações de IA generativa:
- Interfaces baseadas em chat incorporadas a produtos;
- Assistentes de desenvolvimento de códigos;
- Atendimento ao cliente;
- Assistentes de conteúdo conversacional para geração de vendas;
- Automação em TI e cibersegurança;
- Produção de conteúdo e automação de marketing.
Seguem alguns exemplos de como grandes empresas estão aplicando IA em seus negócios:
Morgan Stanley – A IA fornece recomendações personalizadas para produtos baseados no perfil do cliente, e o consultor financeiro decide a relevância e a qualidade dos prompts com base no seu conhecimento sobre o cliente. Assessores relatam que, com a ajuda do sistema de IA, conseguem dar mais suporte personalizado a um maior volume de clientes.
DBS Bank – Utiliza IA para apoiar no combate à lavagem de dinheiro. A IA ajudou nos aspectos mais monótonos da análise, liberando os analistas para estudar ameaças emergentes. Em vez de trabalhar para a eventual substituição de funcionários por IA, o executivo que conduziu a mudança na DBS estava interessado em ajudar os trabalhadores humanos a fazer melhor seu trabalho.
Volvo – A Volvo usa uma ferramenta de inteligência artificial para prever a demanda pelos veículos da marca, o que ajuda no controle de estoque e a reduzir o capital de giro.
A IA precisa ser o core do seu negócio, estando no centro e dando suporte a todas as áreas da companhia.
Entretanto, diante de todos esses cenários e possibilidades, com o mundo mudando de forma tão dinâmica, como as lideranças podem priorizar suas iniciativas dentro das companhias?
Este framework publicado pela Harvard Business Review nos traz o conceito de Willingness To Pay (Disposição/Vontade de pagar) e Willingness to Sell (Disposição/Vontade de vender). Ou seja, são iniciativas que vão aumentar as receitas da companhia e diminuir custos, mantendo uma boa margem.
Diante de tudo o que foi dito, não restam dúvidas de que a IA precisa fazer parte da sua estratégia, mas tem um ponto fundamental negligenciado por muitas empresas:
NÃO HÁ APLICAÇÃO DE IA OU TECNOLOGIA SEM DOMÍNIO DO PROCESSO.
Algumas companhias acreditam que implementar ferramentas é a solução do problema, mas, se o seu processo não estiver bem definido e mapeado, a ferramenta só vai potencializar e evidenciar os problemas. Por isso, é essencial estar atento a este tema.
Caso tenha alguma dúvida, entre em contato para conversarmos melhor sobre como podemos potencializar a estratégia do seu negócio.