ThyssenKrupp diz que seus ativos nos EUA e Brasil atraem interesse

A ThyssenKrupp está vendo muito interesse de candidatos a investir nas usinas da companhia nos Estados Unidos e no Brasil, o que aumenta as esperanças de um acordo para cortar a exposição a ativos deficitários e ajudá-la no difícil mercado siderúrgico.

As ações da maior siderúrgica alemã subiam cerca de 6 por cento nesta sexta-feira, após o anúncio de uma queda menor do que a esperada no lucro do terceiro trimestre fiscal, beneficiada pela resiliência do negócio de engenharia e dos principais clientes na indústria automotiva.

“A previsão para o aço da ThyssenKrupp é muito ruim. O mercado está se focando no desinvestimento da Steel Americas e em questões de dívidas”, opiniou o analista Stefan Freudenreich, da Equinet, em referência às expectativas de que vendas de ativos no Brasil e nos EUA reduzam o fardo da dívida da ThyssenKrupp.

Siderúrgicas em todo o mundo estão sofrendo com a queda na demanda na Europa por causa da crise de dívida soberana e com o fraco consumo na China, maior consumidor de aço do mundo.

A ThyssenKrupp teve prejuízo líquido no ano passado, prejudicada pelo custo de expansão no Brasil e nos EUA, influenciado pela demanda mais fraca e aumento nos preços de materiais.

O grupo está se desfazendo de ativos para cortar dívida e se concentrar no negócio central na Europa e, após vender a divisão de aço inoxidável e o negócio de megaiates, tenta agora vender outros ativos, incluindo no Brasil e EUA.

“Estamos vendo grande interesse do mercado e conversando com potenciais investidores”, disse a ThyssenKrupp. Em maio, a empresa disse que tentaria vender a usina brasileira para a parceira Vale e negociaria com potenciais parceiros na Ásia.

A dívida financeira líquida da empresa caiu para 5,8 bilhões de euros em 30 de junho, ante 6,38 bilhões no fim de março.

O lucro antes de juros e impostos (Ebit) ajustado no terceiro trimestre fiscal caiu menos do que esperado, para 122 milhões de euros.

A demanda por elevadores na Ásia e nos EUA, por exemplo, auxiliou a empresa a limitar a queda nas vendas do grupo a 7 por cento, em 10,71 bilhões de euros.

(Marilyn Gerlach | Reuters)

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