Startups são empresas que criam modelos de negócios escaláveis, a baixos custos, a partir de ideias inovadoras e que usam tecnologia intensiva. Elas são as estrelas do momento no mundo dos negócios. O Brasil já entrou neste movimento.
Porém, por falta de recursos, muitos desses empreendedores iniciantes acabam se inscrevendo em concursos promovidos pelo governo ou por empresas e instituições privadas interessadas em suas ideias, com premiações geralmente incompatíveis com o valor justo da inovação e que, portanto, podem frustrar ou desestimular nossos jovens empresários.
É inexorável a crescente demanda por tecnologia e facilidades no mundo atual. Isso nos remete a uma maior reflexão sobre o tema: ideias inovadoras não devem ficar restritas, em sua maioria, a “programas de calouros da tecnologia”.
As oportunidades estão no ar. Existem vários fundos de private equity e outros investidores que se interessam por ideias inovadoras no campo tecnológico e aportam seus recursos em parceria com o empreendedor para viabilizar o negócio pretendido.
O que falta para unir as duas pontas e transformar uma ideia em ação? Uma assessoria especializada, cujas atribuições podem ser divididas em algumas etapas: apoio técnico ao entendimento da utilização da tecnologia e sua viabilidade econômica, desenvolvimento do plano de negócio, elaboração de prospecto do produto direcionado ao roadshow, apresentação para potenciais investidores, assessoramento no processo de negociação entre as partes interessadas e blindagem da propriedade intelectual. O objetivo é propiciar mecanismos de medição, valoração e proteção desse bem intangível aos empreendedores. Ao optar por uma estratégia como esta, ambas as pontas terão mais possibilidade de transformarem uma ideia inovadora em uma empresa vencedora.
Antonio Nicolau – Diretor de Business Valuation da Apsis Consultoria
Jornal DCI – Diário Comércio & Indústria