BTG Pactual anuncia compra corretora colombiana Bolsa Y Renta
O BTG Pactual confirmou nesta quinta-feira que assinou acordo para aquisição da Bolsa y Renta, maior corretora em volume de transações com ações na Colômbia.
Pela operação, a instituição do banqueiro André Esteves pagará 51,9 milhões de dólares pela totalidade do capital da empresa colombiana. Além disso, os atuais acionistas da Bolsa Y Renta subscreverão 0,25 por cento do capital do BTG Pactual e BTG Investments LP, por 32,5 milhões de dólares.
Mais cedo, uma fonte havia revelado à Reuters que o anúncio do negócio seria feita após o fechamento do mercado, concluindo negociações iniciadas em 2011.
A Bolsa Y Renta, que se apresenta como a corretora líder em volume de transações na Colômbia, tem uma carteira de 2,57 bilhões de dólares em gestão de fortunas e 873,8 milhões em asset management. O grupo terá a família Vargas e o presidente-executivo Juan Luis Franco como sócios do BTG Pactual.
O negócio com a Bolsa y Renta é a terceira aquisição do BTG desde que o banco levantou cerca de 2 bilhões de dólares numa oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) em abril.
Antes disso, o BTG havia pago 600 milhões de dólares pelo banco de investimentos chileno Celfin Capital.
O negócio também reforça a ofensiva de grandes instituições financeiras do Brasil pela América Latina, incluindo Banco do Brasil e Itaú Unibanco, por meio de seu braço de banco de investimentos Itaú BBA, que recentemente também estreou em Bogotá.
"A incorporação da Bolsa y Renta agregará ainda mais capilaridade e credibilidade à nossa operação na Colômbia, que se destaca pelo aumento do consumo interno e pelo grande número de empresas que buscam capital para se expandir", afirmou Esteves, em comunicado.
Desde que foi criado, em 2009, o BTG Pactual tem sido fortemente ativo na busca de negócios no Brasil e na América Latina, em meio aos planos de seu criador e principal executivo, o banqueiro André Esteves, de transformar a instituição no maior banco de investimentos independente de mercados emergentes.
(Aluísio Alves e Guillermo Parra-Bernal | Reuters)
