Finep criará fundos de equity para mitigar custos

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O presidente da Agência Brasileira de Inovação (Finep), Glauco Arbix, informou,nesta terça-feira, 4, que a agência lançará um programa de equity para dar suporte aos financiamentos do Inova Empresa. Segundo ele, inicialmente serão destinados R$ 200 milhões para o primeiro fundo de equity, mas outros R$ 400 milhões devem ser liberados em quatro novos projetos até o final de 2013.

“Serão fundos de investimento controlados pela Finep, com uma gestora privada para gerir os programas. Empresas poderão se qualificar juntamente com os pedidos de financiamento do Inova Empresa e os fundos de equity poderão mitigar os custos iniciais”, explicou Arbix, na abertura do Fórum Estadão “Investimentos em Inovação para a Competitividade”, em São Paulo.

Lançado em 14 de março pela presidente Dilma Rousseff, o programa Inova Empresa vai destinar R$ 32,9 bilhões nos próximos dois anos, sendo R$ 28,5 bilhões do Tesouro Direto e R$ 4,4 bilhões de parceiros. O programa financia até 90% dos projetos de inovação, com juros de 2,5% a 5% ao ano, carência de 4 anos para início do pagamento e até 12 anos para a amortização. “O fundo de equity será um apoio a mais da Finep para os custos e investimentos em inovação”, explicou Arbix.

Somente no programa Inova Energia a demanda inicial foi de R$ 12,2 bilhões, com 166 planos de negócios e 373 empresas, mais de quatro vezes o total de R$ 3 bilhões destinados ao programa, disse Arbix. “Em uma primeira demanda qualificada, a Finep baixou para R$ 7,8 bilhões, com 117 empresas líderes e a participação de 63 parcerias entre empresas e universidades”, explicou.

O presidente da Finep divulgou ainda que o Inova Petro, no entanto, com R$ 2,8 bilhões em recursos para o setor petroleiro, tem uma estimativa de contratação de R$ 492 milhões e 16 planos de negócios. “Nesse caso, é preciso o aumento da participação da indústria nacional, que é praticamente restrita à Petrobras”.

Arbix afirmou que a Finep espera reduzir, ainda em 2013, para até 30 dias o tempo de enquadramento de projetos para financiamento em inovação, prazo que era de 452 dias em 2011 e caiu para 112 dias no ano passado. “Criamos três ratings com 84 indicadores para avaliar as empresas, o que permitirá reduzir o tempo”, disse.

O presidente da Finep afirmou que apenas a inovação poderá reverter o cenário de estagnação da economia brasileira, cuja produtividade é a mesma desde 1980. “Ou nós revertemos essa situação ou não cresceremos. Se não houver tecnologia para alterar o padrão da produtividade, não teremos saída; é um imperativo inovar”, disse.

(Gustavo Porto | Isto é Dinheiro)

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