Hess, da Alemanha, vai fabricar terminais no Brasil

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A Hess, fabricante alemã de terminais automáticos financeiros, decidiu fincar os pés no mercado brasileiro. Dois anos após instalar o primeiro escritório no país, localizado na capital paulista, a companhia vai iniciar a fabricação local de terminais automáticos.

Demilson Guilhem, diretor da Hess no Brasil, disse que a produção será feita de forma terceirizada, com a instalação de uma linha no complexo industrial de um fabricante de terminais de autoatendimento. “Estamos no processo de negociação da parceria, mas certamente será em uma fábrica localizada na região Centro-Sul do Brasil”, afirmou o executivo.

O valor a ser investido na empreitada é mantido em sigilo pela companhia. Guilhem disse que não encontra problemas em fazer parceria com um fabricante local porque a Hess não tem interesse em competir com essas empresas na oferta de terminais bancários de autoatendimento. “O foco são equipamentos financeiros, mas destinados a nichos de mercado, como a cambiadora de moedas”, disse o diretor.

A produção local vai seguir todos os parâmetros adotados na matriz alemã. A primeira linha de produção será de terminais de operações de câmbio. A Hess lançou no país esta semana um equipamento que permite fazer a troca de 15 tipos de moedas por reais. O terminal e os softwares usados na máquina foram desenvolvidos na Alemanha, mas, segundo Guilhem, possuem características específicas para atender ao mercado brasileiro.

“No Brasil, é necessário apresentar uma identificação para operações de câmbio em qualquer valor. Na Europa, a troca de pequenas quantias em máquinas automáticas dispensa essa exigência”, comparou Guilhem.

O equipamento tem um leitor que permite identificar o autor da operação de troca de moedas pelos dados do cartão bancário. O terminal faz a pesquisa on-line do valor da moeda no momento da transação e realiza cálculos dos impostos incidentes.

O público-alvo são bancos e casas de câmbio – instituições autorizadas pelo Banco Central a realizar operações de câmbio. Guilhem disse que a Hess entregará neste semestre 20 máquinas do tipo, que já haviam sido encomendadas. Mas o mercado potencial é de vendas de 600 unidades por ano, segundo o executivo.

A Hess também traz ao país outros três modelos de máquinas automáticas. Uma delas faz a coleta de moedas e imprime um comprovante com o valor coletado. O equipamento é destinado a empresas de varejo e de serviços. A companhia também lançou esta semana um terminal de separação de moedas por valor, voltado para escritórios de companhias que fazem uso constante de um grande volume de moedas, e um equipamento que troca cédulas por moedas. De acordo com Guilhem, o mercado potencial para esses equipamentos é de “alguns milhares de unidades”. Por ser empresa de capital fechado, a Hess não divulga dados de receita e lucro.

(Portos e Navios)

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