ViaVarejo deve abrir capital até o início de 2014

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Companhia avaliará o momento com as melhores condições de mercado

A ViaVarejo caminha para fazer sua oferta pública de ações ainda este ano ou no início de 2014, informou o vice-presidente de Operações da companhia, Jorge Herzog. Ele afirmou que a companhia avaliará o momento com as melhores condições de mercado.

A holding, dona das marcas Pontofrio e Casas Bahia, e controlada do Grupo Pão de Açúcar, aprovou em junho uma oferta pública de distribuição primária e secundária de units, composta por uma ação ordinária e duas preferenciais. As ações serão listadas no nível 2 da BM&FBovespa. A operação será coordenada pelo Credit Suisse e Bradesco BBI.

A companhia anunciou na semana passada a eleição de Francisco Valim para o cargo de diretor-presidente. Para Herzog, a eleição não representa uma mudança de direcionamento estratégico, mas traz a experiência de um executivo que já comandou uma companhia aberta. Valim foi presidente da Oi até janeiro deste ano.

A ViaVarejo reportou avanço de 11,8% em suas vendas mesmas lojas (abertas há mais de um ano) no segundo trimestre de 2013 ante igual período do ano anterior. A performance foi positiva mesmo com as vendas do varejo em junho afetadas pelas manifestações que ocorreram em várias cidades brasileiras.

Câmbio. Herzog avalia que a recente desvalorização do real ante o dólar pode ser repassada ao preço final de eletrônicos e eletrodomésticos. Em entrevista a jornalistas durante evento em São Paulo, o executivo afirmou que tem conseguido frear a pressão para aumento, mas ponderou que a situação pode mudar.

“Os fornecedores têm feito de tudo para repassar a alta dos componentes importados e até aqui nós temos conseguido frear, mas se o câmbio continuar no atual patamar, é alto o risco de repasse”, declarou Herzog.

O executivo falou ainda sobre as perspectivas para as vendas diante do atual ambiente macroeconômico. Herzog avaliou que acredita que o mercado de bens duráveis deve continuar a crescer, mesmo com a desaceleração do consumo como um todo. “Acreditamos que se fosse para ter vindo um impacto ruim, isso já teria acontecido”, declarou.

Na opinião de Herzog, o programa Minha Casa Melhor, de financiamento subsidiado a eletrônicos e móveis, é um importante impulsionador do crescimento do setor. “O programa já teve algum efeito nas vendas, mas nem sequer mostrou todo o seu potencial. Vai crescer ainda até o final do ano”, destacou. Ele ponderou que o financiamento atinge sobretudo famílias que ainda não possuem muitos eletrodomésticos. Segundo Herzog, a penetração de itens, como máquina de lavar roupa e lava louças, ainda não é muito alta no Brasil, o que mostra o potencial de crescimento do setor.

(Dayanne Sousa | Agência Estado)

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