Yara Fertilizantes busca parcerias com Vale e Petrobras

A empresa norueguesa de fertilizantes Yara International, a maior fabricante de capital aberto de adubos nitrogenados do mundo, disse que procura parcerias com a Vale e a Petrobras em uma tentativa de aumentar a produção no Brasil.
 
A Yara, com base em Oslo, quer unir-se às duas companhias para oferecer redes de tecnologia e distribuição para projetos de fertilizantes, disse Lair Hanzen, chefe de operações no Brasil, em entrevista ontem. A empresa também considera aquisições ou construção de novos projetos na maior economia da América Latina, acrescentou Hanzen. “Isto poderia significar ter uma participação nas empresa (Vale e Petrobras) em uma planta de produção”, afirmou.
 
Companhias ligadas à mineração -da Vale à Anglo American – devem investir US$ 18,9 bilhões em projetos de fertilizantes no Brasil nos próximos cinco anos com o país buscando reduzir a dependência de nutrientes agrícolas importados. O Brasil importa mais de 90% da sua necessidade de potássio e 75% de adubos nitrogenados, de acordo com a Anda (Associação Nacional para Difusão de Adubos).
 
“Companhias como a Yara, Petrobras e Vale estão sempre conversando, mas isso não significa que agora é o melhor momento”, declarou Hanzen. O executivo da Yara  afirmou ainda que a empresa continua trabalhando o tempo todo para o momento em que houver oportunidade, ser a favorita.
 
Um assessor de imprensa da Vale, no Rio de Janeiro, disse que não era um porta-voz autorizado e não quis falar sobre o assunto. A assessoria da Petrobras também não se manifestou em relação ao pedido da Bloomberg.
 
Cerca de 30% do volume vendido pela Yara no Brasil é produzido localmente, incluindo a produção comprada da Vale, disse Hanzen. A Yara quer que a fonte de quase todos os produtos seja produzida localmente, sem mencionar um prazo para a meta.
 
A Yara tem 11% da distribuição brasileira de fertilizantes e espera aumentar as vendas no país para US$ 2 bilhões este ano ante US$ 1,7 bilhão no ano passado, de acordo com o executivo, um brasileiro que assumiu as operações locais em agosto.

(Valor)

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